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DESCOBERTA

Astronômos descobrem evidências das primeiras estrelas do Universo, confira

Astrônomos fazem descoberta que pode mudar os estudos de estrelas da galáxia em que vivemos.

Amanda Marques
Amanda Marques
Publicado em 05/05/2023 às 11:18
FREEPIK
Astros. - FOTO: FREEPIK

Nesta quarta-feira (03), astrônomos divulgaram na revista científica Astrophysical Journal a descoberta de "impressões digitais" deixadas pela explosão das primeiras estrelas do Universo a partir do conjunto de telescópios VLT, localizado no Chile.

Os pesquisadores fizeram a descoberta a partir do uso de quasares, uma fonte de luz muito brilhante alimentada por buracos negros supermassivos no centro de galáxias distantes, segundo o G1.

"A nossa descoberta abre novos caminhos no estudo indireto da natureza das primeiras estrelas, complementando plenamente os estudos de estrelas da nossa galáxia", afirmou a professora da Universidade de Florença e uma das autoras do estudo publicado, Stefani Salvadori, de acordo com o jornal citado anteriormente.

Entenda mais sobre a descoberta a seguir.

A descoberta das "impressões digitais" das primeiras estrelas do universo

A descoberta dos pesquisadores consiste em três nuvens de gás com composição química correspondente  às primeiras explosões estelares.

Ao utilizar a luz de um quasar que viaja pelo espaço, ela passa por nuvens de gás onde diferentes elementos químicos deixam seu rastro, sendo possível encontrar um conjunto diferente de marcas deixadas por cada elemento.

Logo, os cientistas conseguem encontrar e destingir as pistas ao analisar o chamado espectro eletromagnético, formado por ondas de rádio, micro-ondas e a luz que enxergamos diariamente. 

As estrelas primordiais descobertas morreram rapidamente em poderosas explosões no começo do Universo. Segundo os cientistas, esses antigos astros eram dezenas ou centenas de vezes mais massivas do que o nosso Sol.

Essa nova descoberta dos cientistas promete destacar novas perspectivas para observação dos astros.

"(Com o telescópio) poderemos estudar com um detalhe extremo muitas destas nuvens raras de gás, conseguindo finalmente desvendar a natureza misteriosa das estrelas primordiais", acrescentou a pesquisadora do Instituto Nacional de Astrofísica, na Itália, Valentina D'Odorico, que também é coautora do estudo. 

*Com informações do G1.