POLÍTICA

Meta e Google marcam presença no Conselhão do governo Lula e gera incômodo em alguns parlamentares

Big Techs x Governo: entenda o incômodo causado pelos representantes do Google e Meta no Brasil.

Amanda Marques
Amanda Marques
Publicado em 11/05/2023 às 12:01
Ricardo Stucker
Governo Lula cria grupos para discutir regulamentação de trabalho por aplicativos e igualdade salarial entre mulheres e homens. - FOTO: Ricardo Stucker

Com o clima tenso entre as big techs e a Câmara dos Deputados por conta da PL 2630/20, a inclusão dos representantes do Google e Meta no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, também chamado de Conselhão, "soou como uma provocação" aos parlamentares, de acordo com informações do Tilt UOL

Além dos parlamentares, os representantes também pareceram incomodar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). 

O presidente Lula retornou com reuniões do Conselhão na semana passada e incluiu 246 colaboradores na lista de integrantes, dentre esses estão: Conrado Leister, diretor da Meta - dona do Facebook, WhatsApp e Instagram - e o diretor executivo do Google no Brasil, Fábio Coelho.

O grande conselho tem o objetivo de assessorar Lula na construção de políticas e diretrizes do governo federal.

Contexto 

Todo a tensão entre os políticos e representantes das big techs é reflexo de um contexto bem mais complexo. O Projeto de Lei 2630/2020, também chamado de PL das Fake News, está causando conflitos entre deputados, sejam aqueles que concordam com o texto ou não. 

Recentemente, o Telegram enviou uma mensagem contra o PL 2630 para todos os usuários brasileiros, afirmando que o projeto "matará a internet moderna" e acabará com a liberdade de expressão. O Supremo Tribunal Federal determinou que a mensagem fosse apagada por categorizar como flagrante e ilícita desinformação contra o Congresso Nacional. 

O aplicativo de mensagem informou aos usuários e apagou a mensagem contra o projeto de lei, contudo, em qualquer momento discordou ou se desculpou pelo conteúdo. 

José Cruz/Agência Brasil
"Depois de 3 anos, hoje finalmente podemos dizer que saímos da emergência sanitária pela Covid-19", disse Lula. - FOTO:José Cruz/Agência Brasil
Nelson Jr./SCO/STF
Alexandre de Moraes afirmou que as investigações sobre os atos não apontaram os presos que serão liberados como financiadores ou executores principais dos ataques - FOTO:Nelson Jr./SCO/STF
ALEJANDRO ZAMBRANA/TSE
Mandado de prisão falso contra Alexandre de Moraes foi publicado em sistema do Conselho Nacional de Justiça - FOTO:ALEJANDRO ZAMBRANA/TSE