
Após várias denuncias nas redes sociais, o Google retirou, nesta quarta-feira (24), da Play Store (loja da aplicativo) um jogo que simulava escravidão e tortura a pessoas negras.
No intitulado 'Simulador de Escravidão' os usuários se passavam por donos de escravos e poderiam escolher ser tiranos ou libertadores. O 'game' era dividido em duas partes: fazer lucro/impedir conflitos e lutar pela liberdade/abolição.
De acordo com capturas de tela compartilhadas em redes sociais, o simulador, produzido pela Magnus Games, tinha mais de mil downloads.
Além disso, os prints mostraram que algumas pessoas pediam mais opções de tortura.
Reações
A Google Play permitiu que um “Simulador de Escravidão” fosse disponibilizado aos seus usuários
— Africanize (@africanize_) May 24, 2023
A existência e criação de um “jogo” que normaliza o período escravocrata ao ponto de incentivar o jogador a comprar, vender e açoitar pessoas escravizadas é criminoso. @GooglePlay pic.twitter.com/N7RcyYww08
???? GRAVE: Jogo intitulado “Simulador de Escravidão” faz sucesso entre racistas na Play Store e gera revolta na web:
— POPTime (@siteptbr) May 24, 2023
“Acho que faltava mais opções de t*rtura, poderiam instalar a opção de açoit*r o escrevo, mas fora isso é perfeito”, falou um dos jogadores. pic.twitter.com/VSG9VuQCF7
????URGENTE! DENÚNCIA CHOCANTE! A Play Store, loja de aplicativos do Android, tem um "jogo" chamado SIMULADOR DE ESCRAVIDÃO, no qual a "brincadeira" consiste em comprar, vender, açoitar pessoas negras escravizadas. É desumano, nojento, estarrecedor. É CRIMINOSO! ????????
— Orlando Silva (@orlandosilva) May 24, 2023
A @unegrobrasil… pic.twitter.com/QHi8oaaSOi
???? ALERTA GATILHO DE RACISMO: As vezes a gente pensa que está numa distopia ou algum tipo de filme de terror macabro...
— Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) May 24, 2023
Porque é simplesmente inacreditável pensar que a realidade em que uma empresa como o @googlebrasil acha por bem permitir que um jogo de simulador de escravidão… pic.twitter.com/5S6ySx73Yj
Ministério Público Federal
O MPF junto com o Ministério da Igualdade Racial (MIR) revelaram que irão investigar o caso.
Segundo o Tecmundo, o MIR terá uma reunião com a área de responsabilidade do Google "para construir uma moderação de conteúdo antirracista".
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