Psicologia em Movimento: O Rei Pelé

Rádio Jornal
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Publicado em 04/01/2023 às 17:52
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Pelé, Rei do Futebol - FOTO: REPRODUÇÃO/ INSTAGRAM

saúde, o anúncio não se constituiu propriamente numa surpresa, mas nem por isso deixou de causar um estado de consternação em escala planetária. Afinal, chegava ao fim a vida do Atleta do Século, do melhor jogador de todos os tempos, daquele que de forma absoluta foi alçado a condição de Rei do Futebol, ainda garoto, com 17 anos, após conquistar a Copa do Mundo na Suécia, em 1958.

A primeira das três Copas do Mundo que viria a conquistar, até hoje de forma única, na sua carreira: marcada por mais de hum mil e duzentos gols. Batendo todos os recordes de gols marcados e nunca ainda superados. Pelé que se tornou bicampeão interclubes, que conquistou inúmeros campeonatos Paulista de Futebol, que até hoje é o maior artilheiro do referido campeonato, tendo assinalado numa só edição 58 gols. Pelé que recebeu da Fifa 7 Bolas de Ouro como tendo sido em variados e sucessivos anos eleito o Melhor Jogador do Mundo.

O menino de Três Corações, Minas Gerais, que aos três anos mudou-se para Bauru, em São Paulo, e de lá, aos quinze, mudou-se para Santos e de Santos, e com o Santos Futebol Clube, conquistou o mundo. Elevando o nome do Brasil aos píncaros da glória e, definitivamente, colocando o nome do Brasil na boca do mundo, enchendo-nos de orgulho. O Brasil virou sinônimo de Pelé. A dívida do país para com ele jamais será paga, à altura do que ele fez pelo país. O mundo curvou-se diante do Rei com a sua morte. Curvou-se de um modo pouco visto antes.

Se antes alguma vez curvou-se diante de um atleta cidadão do mundo do mesmo modo. De um atleta ou de um artista. De um atleta ou de uma personalidade esportiva. A verdade é que Pelé se fez merecedor de toda glória e louvor vindo de todos os recantos do mundo, de todos os continentes. É sobre a importância de Pelé, para o Brasil e para o mundo, que iremos falar hoje na Coluna Psicologia em Movimento com o psicólogo Sylvio Ferreira. Aliás, iniciaremos a Coluna com o artigo publicado pelo professor Sylvio Ferreira no dia do falecimento do Rei Pelé. O título do artigo é "O Rei dos reis". Vamos à leitura!

 

Escute o Psicologia em Movimento:

 

O Rei dos reis

Por Sylvio Ferreira

Ele se foi. O único e absoluto. O Rei dos reis dos estádios de futebol do planeta. O Rei que desceu à terra vindo dos céus. Filho unigênito de Deus nos gramados. O garoto que na Copa de 58, na Suécia, encantou e maravilhou o mundo sendo coroado Rei. Dali em diante, nunca fugiu ao seu destino, o de ser o Rei dos reis, o maior e melhor jogador de todos os tempos. Aquele que nos ensinou a entoar o Cântico dos Cânticos da Nova Era do futebol --- quando em uníssono passamos a bradar nos estádios, em todos os cantos do mundo, em alto e bom som, no mais absoluto ato coletivo de devoção nos estádios, o seu nome, em sua honra e para a nossa glória: Pelé! Pelé! Pelé!

Muito mais do que ter sido um jogador excepcional ou um extraordinário craque de futebol ou um verdadeiro ponto fora da curva ou um gênio da bola, Pelé foi um deus dos gramados.Tal condição, torna qualquer tentativa de comparação com qualquer outro jogador, de hoje ou de ontem, por mais extraordinário que este seja ou tenha sido, inteiramente esdrúxula, pura blasfêmia.

É por esta razão que é exigido de cada um de nós que o viu jogar e que acompanhou a sua carreira profissional, de perto ou de longe, que demos o testemunho vivo da presença e dos feitos do filho de Deus nos gramados, o Rei dos reis do planeta chamado futebol: Pelé, Ele, o único e absoluto, o criador e a criatura, o todo e o um. O que encantou o mundo de uma forma jamais vista e que se fez merecedor de todas as honras e de todas as glórias. Como o mundo assim o louva, o honra e o glorifica nesse momento de imensa tristeza e de infinda gratidão.
Metade dos anos 50 e se encerrou nos anos 70, de lá para cá houve algum jogador que tenha se ombreado ou tenha sido melhor do que Pelé?

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