É comum acreditarmos que agimos assim e assado e que gostamos disso e daquilo, porque nascemos assim e assim somos. Ou seja, por alguma razão acreditamos que algo nos determina antes mesmo da nossa entrada no mundo. A esse algo, geralmente, chamamos de personalidade: aquilo que definiria as nossas atitudes e comportamentos, de bom ou de mau, antes mesmo de virmos ao mundo.
Obviamente que essa é uma compreensão do chamado "senso comum", não necessariamente de outras esferas do saber. Especialmente, do saber científico. Embora os estudos de biologia e medicina molecular atribuam grande valor no que se refere à determinação genética na nossa vida. Mas mesmo assim, os referidos estudos deixam uma janela aberta para o mundo. Ou seja, para a influência de outros fatores, que não unicamente os moleculares, na formação orgânica e psíquica de cada um de nós. Mas voltando ao senso comum, não há como escapar: somos o que somos por que somos.
Tal crença fica evidente em vários provérbios populares: "Pau que nasce torto não tem jeito morre torto", é um deles. Frases ou provérbios como o citado, partem de um princípio que leva a crer que a personalidade ou o caráter -- para o bem ou para o mal -- é uma questão de hereditariedade ou de berço, apontando na direção de uma possível carga genética que determinaria nossas atitudes e comportamentos, no que há de melhor ou pior em cada um de nós.
Essa compreensão do indivíduo passa por cima e deixa de levar em consideração o que em nós é de fundamental importância: somos seres ou criaturas fundamentalmente sociais. É sobre esse assunto que abordaremos, hoje, na Coluna Psicologia em Movimento, com o psicólogo Sylvio Ferreira
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