Sandra morreu vítima de câncer sem o reconhecimento do Rei do Futebol

No início dos anos 90, Pelé rejeitou a paternidade de Sandra Regina Machado. O parentesco já havia sido confirmado através de um teste de DNA, mas o ex-jogador negou a relação.

Na época, o caso teve bastante repercussão. Uma longa disputa judicial foi travada e o acontecimento voltou aos holofotes quando Pelé foi diagnosticado com câncer.

Sandra Regina Machado Arantes do Nascimento Felinto nasceu no Guarujá, litoral de São Paulo.

Ela é fruto de um relacionamento de Pelé com a empregada doméstica Anísia Machado.

Sandra passou boa parte da vida sem a presença do pai. Nos anos 90, resolveu procurar Pelé, mas lutou para ser reconhecida.

Nos anos 2000, Sandra entrou para a política e foi eleita vereadora em Santos pelo Partido Social Cristão (PSC). Em seu mandato, ela tornou o exame de DNA gratuito pela rede pública em 2001.

Em 2006, Sandra faleceu aos 2 anos em decorrência de um câncer de mama.

A história de Sandra foi contada no livro "A Filha que o Rei não Quis".

Sete anos após a morte de Sandra, seus dois filhos conseguiram que Pelé pagasse pensão na Justiça. O advogado revelou ao G1 que os herdeiros do ex-jogador passaram necessidades na infância e não tinham acesso ao básico.

Mesmo após o reconhecimento na Justiça, Pelé afirmou que não queria se aproximar de Sandra e criticou sua demora para exigir os direitos.

"Para mim, biologicamente, ela pode até ser minha filha, mas, na parte sentimental, não posso me preocupar com essa pessoa, porque não a conheço", disse o ex-atleta em entrevista ao G1.

Na ocasião do falecimento de Sandra, Pelé enviou duas coroas de flores, mas não compareceu ao velório.