O mundo esportivo está de luto com a morte do Rei Pelé, aos 82 anos, na quinta-feira, 29 de dezembro. Um fato curioso, é o tratamento de Edson Arantes do Nascimento como membro de monarquia.
A majestade não é só no Brasil, mas também no mundo. Em solo nacional, o cronista Nelson Rodrigues falou a primeira vez sobre o título real.
QUEM CHAMOU PELÉ DE REI PRIMEIRO?
Em 8 de março de 1958, o jornalista escreveu uma crônica para a revista "Manchete Esportiva", com o título "A realeza de Pelé".
O eterno Camisa 10 tinha apenas 17 anos, quando Rodrigues ficou impactado com a exibição do jogador contra o América, time do Rio de Janeiro.
Pelé marcou quatro gols na vitória do Peixe por 5 a 3. Encantado, Nelson Rodrigues descreveu Pelé:
"Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racialmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis", iniciou.
"Em suma: ponham-no em qualquer rancho e a sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor. O que nós chamamos de realeza é, acima de tudo, um estado de alma", completou.
No mesmo ano, durante mais uma exibição de gala de Pelé na Copa do Mundo de 1958, os franceses fincariam ali, o apelido de Rei.
Não a toa, o Brasil de Pelé venceu a seleção da França por 5 a 3, com três gols do ídolo do Santos. Novamente, aos 17 anos, Pelé tinha uma das maiores exibições da história do esporte.
Em diversas entrevistas, Pelé afirmou que os franceses foram os primeiros a reconhecerem como Rei do Futebol.
"Desde o início da minha carreira, que eu tenho grandes homenagens aqui (na França). Primeiro, foi depois da Copa do Mundo (de 1958), que foi o apelido de Rei Pelé", disse.
Pelé ainda tem o título de Atleta do Século, antes mesmo do século XX acabar.
Rapidamente, o apelido ganhou fama e Pelé deu jus ao atingir marcas impressionantes na carreira, como três títulos de Copa do Mundo e mais de 1.200 gols.
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