BOATE KISS: Por que famílias de vítimas querem processar? Saiba o que querem os familiares
"Todo Dia a Mesma Noite", minissérie de 5 episódios da Netflix sobre o incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), tem chamado atenção por relembrar essa tragédia ainda não solucionada nos tribunais.
O incêndio na Boate Kiss deixou 242 mortos e 636 feridos.
A obra da Netflix é baseada no livro "Todo Dia a Mesma Noite: a história não contada da Boate Kiss", escrito pela jornalista Daniela Arbex.
Apesar dos vários elogios por parte do público e da crítica especializada, um grupo formado por 40 famílias de vítimas do incêndio estuda processar a Netflix por conta da realização da série.
Por que famílias querem processar a Netflix?
Juliane Muller Korb, advogada dos familiares, revelou ao Splash que eles não eram à favor da dramatização do ocorrido, como foi feito na série. As famílias não teriam sido consultadas para a realização da produção.
Além disso, Juliana destaca que as famílias se incomodam com o que perceberam ser uma "comercialização da tragédia", com geração de lucro para a Netflix ao explorar a história das vítimas.
Outra fonte de desagrado para os familiares são os trailers da série, que trazem cenas que teriam despertado gatilhos.
O que as famílias querem?
Os familiares não pede indenização financeira da Netflix, mas sim que o streaming direcione uma parcela dos lucros para o tratamento de sobreviventes e construção de um memorial.
Por fim, pedem também alterações nos trailers divulgados da série e um debate sobre a responsabilidade social de produções de streaming baseadas em fatos reais.
Além disso, as famílias também pedem uma explicação sobre por que não foram consultadas pelo streaming.
Até o momento, a Netflix ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Antes das reclamações, Daniela Arbex falou sobre críticas à produção: "A gente precisa muito trabalhar essa ideia equivocada de que não falar poupa os pais do sofrimento. Não falar não é uma opção. Esquecer é negar a história".
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