Considerada um ícone do jornalismo, a jornalista Glória Maria morreu nesta quinta-feira, 2 de fevereiro.

Carioca, natural de Vila Isabel, Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional.

De 1998 a 2007, ela apresentou o programa Fantástico e desde 2010 era da equipe do programa Globo Repórter.

Desde 2019, Glória lutava contra o câncer de pulmão e passou por tratamento de imunoterapia.

Algum tempo depois, a jornalista teve uma metástase no cérebro e passou por cirurgia.

Em 2022, a jornalista começou uma nova fase de tratamento do câncer e de metástases cerebrais.

Infelizmente, nos últimos dias, o tratamento deixou de fazer efeito.

A jornalista morreu nesta manhã de quinta-feira (2), no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Em 2009, a jornalista Glória Maria adotou suas duas filhas em uma viagem à Bahia.

A adoção teve um processo que durou quase um ano, e levou a repórter a se mudar do Rio de Janeiro para a Bahia para estar mais perto das meninas durante a análise da documentação.

Muito amorosa com as filhas e bem precavida, Glória deixou o futuro delas assegurado, principalmente em termos de educação.

"Minhas filhas não têm pai, eu decidi tê-las sozinha. Sou eu e ponto. Preciso estar bem para vê-las no balé, nos eventos da escola" iniciou Glória em uma entrevista.

"O dia em que não puder estar, que morrer, elas terão tudo encaminhado. Vão estudar nos melhores lugares, têm padrinhos maravilhosos.", continuou a jornalista.

Glória afirmou que não gosta de vitimismo e odeia o drama. "Não sou coitadinha", afirmou.

"Vim sem esse sentimento. Nasci numa família extremamente pobre e matriarcal. Cheia de mulheres fortes. Minha avó Alzira, que morreu com 104 anos, tinha uma porrada de filhos, mandava em todo mundo", completou Glória.

O autor Bruno Astuto é padrinho de batismo de Laura, que também tem Caio Nabuco como padrinho de crisma. A madrinha da caçula é Julia Azevedo.