Nesta sexta-feira (3), uma prima e uma amiga da mulher que acusou Daniel Alves de estupro na Espanha, deram um depoimento surpreendente à juíza do caso do jogador.

Ambas confirmaram à juíza que também foram vítimas de agressão sexual por parte do jogador, de acordo com informações divulgadas pelo "El País".

O jogador Daniel Alves continua preso na Espanha enquanto aguarda um processo em que é acusado de estupro.

De acordo com o relato que as duas deram para a polícia espanhola, e que hoje confirmaram perante a juíza do caso, o atleta se aproximou das três com intenção sexual e apalpou as duas amigas, antes de estuprar a suposta vítima no banheiro.

Segundo a reportagem do jornal "El País", que também já foi relatado em outros veículos, uma delas afirmou no depoimento à polícia que Daniel a tocou violentamente e colocou a mão em suas partes íntimas.

A testemunha ainda afirma que conseguiu se livrar e se afastar de Daniel Alves.

Na Espanha, a lei tipifica os crimes sexuais dentro de uma categoria chamada agressão sexual, com variações de níveis de punição segundo a gravidade do crime.

O ato de tocar sexualmente uma vítima, que no Brasil é conhecido como importunação sexual, pode ter uma pena de 1 a 4 anos de cadeia.

Isso além do caso de estupro que Daniel é acusado, que daria até 15 anos de reclusão.

Já a defesa do jogador Daniel alega que imagens de vídeo da boate Sutton, onde ocorreu o crime, podem desfazer os argumentos da vítima do caso, segundo reportagens da mídia espanhola.

Na última segunda-feira (31), ele apresentou um recurso na Justiça. No texto, seus advogados afirmam que existem problemas nos indícios reunidos pela polícia de Barcelona.

Os advogados também afirma que o vídeo do salão da discoteca não é totalmente compatível com o relato da vítima, uma mulher de 23 anos.

De acordo com "El País", o advogado de defesa de Daniel Alves, Cristóbal Martell, o objetivo é levantar dúvidas no relato que façam com que os juízes deem liberdade ao jogador de futebol.