Mesmo com o reajuste do Auxílio Brasil e o "pacote de bondades", estabelecido pelo governo federal ainda no começo de agosto, a campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) não consegue atingir o favoritismo entre os eleitores inscritos nos programas de benefícios sociais.
Na última quarta-feira (31), a pesquisa divulgada pela Quaest apontou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 54% das intenções de votos dos beneficiários do Auxílio Brasil.
Nesse segmento, o petista estabelece o dobro de vantagem sobre Bolsonaro, que é a opção de voto de apenas 25% dos eleitores que recebem o benefício.
Quando perguntados se o Auxílio Brasil de R$ 600 aumenta ou diminui as chances de votar em Bolsonaro, as respostas também desapontam a campanha do candidato.
Para 35% dos entrevistados, o benefício social diminui a vontade de voto em Bolsonaro. Esse mesmo número aumentou sete pontos em 15 dias. Enquanto isso, outros 41% afirmam que não faz diferença.
Com a união dos dois grupos, 76% das pessoas ponderam que o Auxílio Brasil reduz ou não interfere nas chances de Bolsonaro na corrida presidencial de 2022.
Apenas 22% dos eleitores declaram que o benefício aumenta a vontade de optar pela reeleição do atual presidente.
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Eleitorado não acredita nas propostas de Bolsonaro
Um dos pontos chaves da campanha de Jair Bolsonaro é a promessa de o reajuste do Auxílio Brasil em R$ 600 vai continuar em 2023, caso ele seja reeleito.
No entanto, a pesquisa também apontou que 66% dos entrevistados afirmam saber que o valor de R$ 400 vai voltar a partir de janeiro.
Ainda sobre a percepção da campanha do atual presidente, 66% dos eleitores declaram que as medidas econômicas do governo são estratégias de campanha, contra 31% que acham que o objetivo é "ajudar as pessoas".
A pesquisa Quaest entrevistou 2.000 pessoas entre os dias 25 e 28 de agosto. O índice de confiança é de 95% e o levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00585/2022.
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