ALIANÇAS

MARCOLA APOIA LULA? Suposto áudio de líder do PCC viraliza, e Justiça comprova que é falso

De acordo com decisão do TSE, o vídeo com a informação inverídica deve ser removido das redes

Vitória Floro
Vitória Floro
Publicado em 04/10/2022 às 11:15 | Atualizado em 04/10/2022 às 11:24
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MIGUEL SCHINCARIOL / AFP
"Vamos estabelecer um novo padrão de controle", disse Lula sobre venda de armas - FOTO: MIGUEL SCHINCARIOL / AFP

São falsas as publicações em que Marcos Camacho, o Marcola, teria declarado apoio a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre nas eleições presidenciais de 2022.

Nos áudios interceptados pela Polícia Federal (PF), não existe nenhuma declaração de voto explícita feita pelo líder do PCC (Primeiro Comando da Capital).

De acordo com decisão feita pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, o vídeo com a informação inverídica deve ser removido das postagens de sites como O Antagonista e Jovem Pan, além das redes sociais do presidente Jair Bolsonaro (PL), seus filhos e apoiadores. 

Marcola, inclusive, não pode votar nas eleições de 2022 pois está com os direitos políticos suspensos por ser condenado "por decisão transitada em julgado".

No Facebook, apoiadores divulgaram o vídeo com a legenda "Marcola, chefe da maior facção criminosa, declara voto em Lula". Em menos de 24 horas, o conteúdo com informações falsas já tinha alcançado mais de 3 mil visualizações. 

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A decisão do TSE, que ordenou a remoção do conteúdo das redes, foi sustentada pelo fato que em nenhum momento o líder do PCC teria afirmado que votaria no petista.

"Na verdade, os diálogos transcritos, além de se relacionarem a condições carcerárias, apresentam apenas conotação política, pois retratam suposta discussão de Marcola e outros interlocutores a respeito de Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Embora o teor dos diálogos revele uma discussão comparativa entre os candidatos, não existe declaração de voto", escreveu o ministro.

O pedido de remoção do conteúdo foi feito pela campanha de Lula, que chamou a divulgação da notícia de "ação orquestrada" sobre um ponto que já teria sido desmentido pelo tribunal.

Ainda no dia 1º de setembro, o plenário do TSE já havia multado Bolsonaro em R$ 5 mil por três tuítes que faziam associação de Lula com a facção criminosa.

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