Carlos Lupi, o presidente do PDT, disse que defende o apoio da legenda ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno à presidência da República.
A definição saiu nesta terça-feira (4), após encontro de lideranças do partido. Ciro Gomes, que concorreu pelo PDT no primeiro turno, ainda não definiu seu posicionamento, mas o presidente do PDT já tem expectativas.
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"Hoje eu falei com Gleisi, e disse que ela tinha que dar alguma sinalização que querem o nosso apoio. Assim que derem a sinalização, facilita a minha posição e a do Ciro. E ela disse há pouco, pelo WhatsApp, que já aceitou [as propostas]", afirmou Lupi à Folha de São Paulo.
Lupi afirmou ter sugerido a Gleisi que os petistas incorporem propostas de Ciro Gomes (PDT): o programa que prevê zerar dívidas do SPC, o plano de renda mínima e um projeto de educação em tempo integral.
APOIO DE CIRO
Sobre o apoio de Ciro, Lupi declarou: "Acho que ele vai seguir a orientação do partido, criou uma relação com o partido muito forte, comigo mais ainda. Acho muito difícil ele não acompanhar a orientação do partido".
POSICIONAMENTO CIRO GOMES
Na tarde desta terça-feira (4), em sua conta oficial no Twitter, foi publicado um vídeo em que Ciro Gomes declara que "acompanha" a decisão do partido dele, o PDT. Confira abaixo.
Pronunciamento - "Gravo este vídeo para dizer que acompanho a decisão do meu partido, o PDT". pic.twitter.com/Ttmx06wCWo
— Ciro Gomes 12 (@cirogomes) October 4, 2022
MAIS APOIOS AO PT
O presidente Nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o partido deve apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno. O partido, que elegeu quatro deputados federais neste ano, participa de federação com o PSDB.
"Com Bolsonaro estaremos na oposição. Com Lula podemos conversar. Mas pelo menos não corremos o risco de não ter eleição em 2026", disse ao Estadão.
Pouco antes de sua entrevista, Freire publicou nota na qual revelou que ia propor à Executiva o apoio a Lula (veja abaixo a íntegra da nota). A reunião da direção do partido será nesta terça-feira, às 12 horas. "Creio que a maioria da Executiva vai concordar com o apoio a Lula. É preciso entender a necessidade da política. Não podemos nos omitir, defendendo neutralidade nessa hora."
Para Freire, o momento atual, diante da possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) se reeleger, é o de formação de uma grande frente democrática contra o fascismo a exemplo do que ocorreu nos anos 1970 durante o regime militar. Trata-se, no entanto, de um apoio crítico. "Isso devia ter sido pensado pelo PT antes de definir qualquer candidatura."
O presidente do Cidadania afirmou ainda que a decisão da Executiva do partido não está condicionada a nenhum entendimento com a campanha de Lula ou com o PT.
"Depois de começar o governo vamos ver se estaremos ou não na oposição", afirmou. Freire resolveu defender o apoio a Lula sem consultar o PSDB.
O Cidadania deve ser o segundo partido que teve candidato à Presidência no primeiro turno a apoiar Lula. No domingo, dia 2, Sofia Manzano, candidata do PCB, anunciou o apoio ao petista.
Na tarde de ontem, o setor sindical do PDT divulgou nota também em apoio ao petista.
"Nossa posição é de defesa de todas as candidaturas progressistas, incluindo a de Luiz Inácio Lula da Silva para Presidente da República. Mas, queremos ouvir os demais companheiros e companheiras e vamos respeitar a posição definida pelo partido; por isso, cobramos urgência na definição, há muito trabalho a fazer em muito pouco tempo", escreveu Milton Cavalo, presidente nacional do Movimento Sindical PDT.
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