Uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, a Beija-Flor se apresenta na Marquês de Sapucaí neste primeiro dia de desfiles do grupo especial.
Que horas começa o desfile da Beija-Flor de Nilópolis?
De acordo com a organização, a Beija-Flor começa o desfile entre 3h e 3h50 da madrugada do sábado (23). A grande margem de erro entre o início do desfile se dá pelo motivo de que ela é a última escola a se apresentar hoje e nunca se sabe quanto tempo as escolas anteriores vão gastar exatamente para atravessar toda a avenida.
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Letra do samba-enredo da Beija-Flor
Mocambo de crioulo sou eu, sou eu
Tenho a raça que a mordaça não calou
Ergui o meu castelo dos pilares de cabana
Dinastia Beija-Flor
Mocambo de crioulo sou eu, sou eu
Tenho a raça que a mordaça não calou
Ergui o meu castelo dos pilares de cabana
Dinastia Beija-Flor
A nobreza da corte é de ébano
Tem o mesmo sangue que o seu
Ergue o punho, exige igualdade
Traz de volta o que a História escondeu
Foi-se o açoite e a chibata sucumbiu
Mas você não reconhece o que o negro construiu
Foi-se ao açoite e a chibata sucumbiu
E o meu povo ainda chora pelas balas de fuzil
Quem é sempre revistado é refém da acusação
O racismo mascarado pela falsa abolição
Por um novo nascimento, um levante, um compromisso
Retirando o pensamento da entrada de serviço
Versos para cruz, Conceição no altar
Canindé, Jesus, oh, Clara!
Nossa gente preta tem feitiço na palavra
Do Brasil acorrentado ao Brasil que não se cala
Versos para cruz, Conceição no altar
Canindé, Jesus, oh, Clara!
Nossa gente preta tem feitiço na palavra
Sou o Brasil que não se cala
Meu Pai Ogum, ao lado de Xangô
A Espada e a Lei por onde a fé luziu
Sob a tradição Nagô
O grêmio do gueto resistiu
Nada menos que respeito, não me venha sufocar
Quantas dores, quantas vidas nós teremos que pagar?
Cada corpo um orixá, cada pele um atabaque
Arte negra em contra-ataque
Canta, Beija-Flor, meu lugar de fala
Chega de aceitar o argumento
Sem senhor e nem senzala vive um povo soberano
De sangue azul, nilopolitano
Mocambo de crioulo sou eu, sou eu
Tenho a raça que a mordaça não calou
Ergui o meu castelo dos pilares de cabana
Dinastia Beija-Flor
Mocambo de crioulo sou eu, sou eu
Tenho a raça que a mordaça não calou
Ergui o meu castelo dos pilares de cabana
Dinastia Beija-Flor
A nobreza da corte é de ébano
Tem o mesmo sangue que o seu
Ergue o punho, exige igualdade
Traz de volta o que a História escondeu
Foi-se o açoite e a chibata sucumbiu
Mas você não reconhece o que o negro construiu
Foi-se ao açoite e a chibata sucumbiu
E o meu povo ainda chora pelas balas de fuzil
Quem é sempre revistado é refém da acusação
O racismo mascarado pela falsa abolição
Por um novo nascimento, um levante, um compromisso
Retirando o pensamento da entrada de serviço
Versos para cruz, Conceição no altar
Canindé, Jesus, oh, Clara!
Nossa gente preta tem feitiço na palavra
Do Brasil acorrentado ao Brasil que não se cala
Versos para cruz, Conceição no altar
Canindé, Jesus, oh, Clara!
Nossa gente preta tem feitiço na palavra
Sou o Brasil que não se cala
Meu Pai Ogum, ao lado de Xangô
A Espada e a Lei por onde a fé luziu
Sob a tradição Nagô
O grêmio do gueto resistiu
Nada menos que respeito, não me venha sufocar
Quantas dores, quantas vidas nós teremos que pagar?
Cada corpo um orixá, cada pele um atabaque
Arte negra em contra-ataque
Canta, Beija-Flor, meu lugar de fala
Chega de aceitar o argumento
Sem senhor e nem senzala vive um povo soberano
De sangue azul, nilopolitano
Mocambo de crioulo sou eu, sou eu
Tenho a raça que a mordaça não calou
Ergui o meu castelo dos pilares de cabana
Dinastia Beija-Flor
Mocambo de crioulo sou eu, sou eu
Tenho a raça que a mordaça não calou
Ergui o meu castelo dos pilares de cabana
Dinastia Beija-Flor
Oh, oh, oh, oh
(Alô, Brasil! Alô, mundo!)
(O carnaval voltou!)
Autores: J. Velloso, Léo do Piso, Beto Nega, Júlio Assis, Manolo e Diego Rosa
Intérprete: Neguinho da Beija-Flor
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