RICHTHOFEN: 'Escura, silenciosa e regrada'; veja como era CASA DE SUZANE VON RICHTHOFEN antes de morte de Marísia e Manfred, segundo biógrafo
"Suzane von Richthofen nunca teve afeto dos pais. Vivia em uma casa muito escura e sem abraços", comenta o biógrafo Ullisses Campbell
A família de Suzane von Richthofen tinha uma rotina extremamente regrada e incomum para a cultura brasileira, segundo o biógrafo da assassina dos pais, o jornalista Ullisses Campbell.
Nos últimos anos, o jornalista Ullisses Campbell investigou com profundidade a intimidade dos Richthofen, entrevistando fontes que conheciam de perto a casa onde os Irmãos Cravinhos mataram os pais de Suzane.
Segundo Campbell, para um psiquiatra com quem o jornalista conversou, apesar de nada justificar o terrível crime, a criação de Suzane von Richthofen pode ter contribuído para a formação do caráter dela.
SUZANE VON RICHTHOFEN CRESCEU SEM AFETO
"Quando a Suzane completou 15 anos, uma amiga deu um abraço nela e ela ficou imóvel. Depois, ela pediu para essa amiga nunca mais a abraça-la pois ela não sabia como reagir. Suzane disse para a amiga: 'eu nunca fui abraçada. Minha família nunca me abraçou. Quando você vem me abraçar, eu não sei como reagir, não sei se também devo abraçar ou quanto tempo dura esse abraço'", disse Ulisses que investigou longamente a vida de Suzane von Richthofen e entrevistou amigos de colégio.
"Suzane não tinha afeto em casa. Os pais nunca abraçaram. Tinha um distanciamento. A casa era muito escura, não podia fazer barulho, não podia pôr o pé no sofá, não podia falar alto. Tudo tinha hora, para acordar, para tomar café, para ir para o karatê, para se divertir. Era tudo muito regrado. São aspectos que para um psiquiatra constrói essa personalidade na Suzane capaz de mandar matar o pai".
Perito no caso von Richthofen, Ricardo Salada detalhou em entrevista ao PodPah que Suzane ganhava mesada de R$ 600 em 2002. "Hoje, é o que seria R$ 5 ou 6 mil reais. Ela tinha um carro. Estudava em escola renomada, era viajada e poliglota", disse o perito.
FOTOS DO VELÓRIO DOS PAIS DE SUZANE VON RICHTHOFEN
DANIEL CRAVINHOS E SUZANE VON RICHTHOFEN REPRODUÇÃO - DANIEL CRAVINHOS E SUZANE VON RICHTHOFEN REPRODUÇÃO
Fotos feitas por jornalistas mostram como Suzane von Richthofen e o então namorado e assassino, Daniel Cravinhos, se comportaram no sepultamento de Marísia e Manfred von Richthofen.
As vítimas foram assassinadas em 31 de outubro de 2002. Os sepultamentos ocorreram no dia seguinte no cemitério Redentor, na região de Pinheiros, zona Oeste de São Paulo.
Para vários policiais e investigadores, Suzane von Richthofen adotou uma imagem que parece ser de uma pessoa dissimulada, já que chorou muito no enterro. Ela usou roupa preta para o velório e estava acompanhada de Daniel Cravinhos, que usou roupas sociais.
Suzane von Richthofen e o irmão Andreas Albert - Reprodução/ Internet
SUZANE FICOU AO LADO DE ANDREAS RICHTHOFEN NO VELÓRIO
No velório, Suzane von Richthofen que chorava muito ficou ao lado do único irmão, Andreas, que, na época, tinha apenas 15 anos de idade.
Mesmo antes de se saber que a própria filha do casal era responsável pelo crime, as mortes violentas de Manfred e Marísia von Richthofen já chamaram atenção da mídia.
Na época, Manfred von Richthofen tinha 49 anos de idade e era diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa). Marísia era uma respeitada psiquiatra, na época com 50 anos de idade.
POLICIAIS ESTRANHARAM COMPORTAMENTO DE SUZANE VON RICHTHOFEN E DANIEL CRAVINHOS
Policiais que investigaram a morte de Manfred e Marísia von Richthofen estranharam desde cedo o comportamento da filha do casal, Suzane, e do namorado dela, Daniel Cravinhos.
Na delegacia, pouco depois de supostamente saberem das mortes, Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos se beijavam e trocavam carícias como se nada estivesse acontecendo.
Pouquíssimo depois do velório, Suzane voltou a chamar atenção. É que ela faz aniversário em 3 de novembro e fez um churrasco na piscina dois dias após a morte dos pais.