O presidente da Comissão Paritária do Náutico afirmou que o interesse do clube com o Governo do Estado não se baseia na volta aos Aflitos, e sim em uma indenização pela quebra de contrato com a Arena de Pernambuco. Em entrevista exclusiva concedida ao repórter Leonardo Boris, Luiz Felipe Batista disse que o clube alvirrubro foi o maior prejudicado na relação firmada com a Arena, e que desde o início a relação com o estádio foi difícil.
"Finalmente o Governo está pensando em sentar e discutir essa pauta, e nos coloco à disposição. Que a pauta não seja ajudar a volta aos Aflitos, e sim indenizar o problema que o Náutico teve pensando no projeto Arena de Pernambuco", disse Luiz Felipe.
O dirigente Timbu também falou sobre o imbróglio referente ao contrato, e explicou que dois acordos foram firmados na ida do Náutico para a Arena. "O Náutico tinha um contrato principal e um acessório vinculando a concessionária da Arena, que era a Odebrecht, e o Governo do Estado. Naturalmente, se há um problema no contrato principal, esse problema repercute no acessório. A relação não era de parceria, parceria é quando os dois ganham ou os dois perdem, nesse caso só quem perdeu foi o Náutico".
Sobre um interesse do Governo do Estado em ajudar os alvirrubros na volta aos Aflitos, Luiz Felipe demonstrou cautela, e disse não ter recebido nenhum comunicado. "Esse assunto sempre teve um ponto de interrogação em virtude do Estado tocar a administração da Arena de Pernambuco, e esta situação não está resolvida com o clube. Temos uma pendência grande a ser resolvida, e por isso nos soa como difícil esse interesse do Estado. No relacionamento com a Arena, o único prejudicado é o Náutico".
Sobre a volta aos Aflitos, Luiz Felipe Batista disse que o cronograma prevê o fim da reforma para o ano que vem, durante o Campeonato Brasileiro, permitindo que o time volte a mandar os seus jogos no Eládio de Barros Carvalho. "Fechamos um cronograma para o Brasileiro do ano que vem. Essa é a expectativa. O torcedor vai começar a ver um processo maior quando as chuvas passarem. O gramado vai ter uma evolução maior, já compramos uma nova grama, que vai ser plantada, as traves também. Mas uma equipe de reforço estrutural já está trabalhando, o torcedor que for aos Aflitos vai ver isso".
A demora nas obras foi esclarecida pelo dirigente, que priorizou uma reforma estrutural. "Os Aflitos está completando 100 anos, e passou por muitas reformas, muitas delas sem fazer o reforço estrutural necessário. Precisamos passar por uma fase de estudo e diagnóstico, algo que demora. Sei que o torcedor fica impaciente, mas era preciso que fizéssemos uma obra estruturada. A reforma está sendo pensada, no intuito de trazer todo um entretenimento para família e uma forma de exploração comercial para o clube".
Por fim, o presidente da Comissão Paritária disse que a expectativa de gasto é de R$ 5 milhões. "Não existe valor correto. Se imaginarmos, as Arenas que foram construídas para a Copa tiveram o valor inicial alterado. Tudo vai depender dos parceiros comerciais e do projeto de arquitetura. O valor mais próximo que estamos esperando é de R$ 5 milhões, mas pode variar", concluiu.
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