ENTREVISTA

Medo da Série D, salários, clima no clube e mensagem de esperança: Givanildo Oliveira abre o jogo sobre situação do Santa Cruz

Givanildo Oliveira foi entrevistado por Geraldo Freire no programa Passando a Limpo desta terça-feira (20)

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique
Publicado em 20/07/2021 às 10:32
Foto: Diego Nigro/ JC Imagem.
FOTO: Foto: Diego Nigro/ JC Imagem.

O programa Passando a Limpo desta terça-feira (20) contou com a participação do diretor técnico do Santa Cruz, Givanildo Oliveira. Entrevistado por Geraldo Freire, o ex-técnico falou sobre a difícil situação atual do clube, a questão da falta de dinheiro e salários, a aflição do clube cair para a Série D, questões da torcida, e deixou uma mensagem de esperança para o torcedor coral.

Giva começou a conversa falando sobre o novo desafio e alguns problemas atuais do que o Tricolor do Arruda enfrenta. "Problema é a falta de dinheiro. Sem torcida. Embora, o presidente está pagando em dia, pelo o que procurei saber, antes de ir para lá. É uma função nova, que eu achei que daria para mim. Foi o presidente, convite dele. Me reuni com eles (Mirinda e Romerito Jatobá) e coloquei meu pensamento, que queria voltar para o futebol, mas não esperava que seria como esse diretor remunerado", esclareceu.

"É uma situação nova mas nem tanto, porque eu como treinador, sempre me preocupei com outros fatores fora de campo. Com a cozinha, com o gramado...então eu já era um treinador diretor. Infelizmente, não estamos conseguindo ganhar, mas o pensamento é sempre de dar a volta por cima".

Ele aproveitou para deixar claro também que não é mais técnico. “Já não sou mais treinador. Acabou. O treinador é sempre o culpado. O primeiro a cair é o treinador. Agora, com essa lei melhorou. O Santa Cruz mesmo, tem que ir até o final do ano com o Roberto, não pode trocar mais e acho isso justo", declarou.

"Já vi de tudo no futebol"

“O clube precisa primeiro do torcedor. No momento, não tem o torcedor. A parte financeira já dá um abalo grande. O Santa Cruz sempre foi um time de ponta e está numa situação difícil, mas não impossível. Não quero aqui enganar ninguém, mas já vi de tudo no futebol e quero ver mais. E garanto que trabalho está tendo. Vamos aguardar para ver se essa melhora acontece".

Questionado se teve alguma influência nas contratações recentes do Santa, Givanildo negou. “Contratação parte primeiro do treinador. O roberto tem abertura, ele conversa com a comissão. Tenho me reunido com eles. Eu, na verdade, não dei opinião sobre contratação. (…) As vezes você contrata excelentes jogadores e não dá certo.”

Jogadores da base

Sobre a profissionalização de jogadores da Base, o diretor técnico deixou claro que é um processo lento, mas que o trabalho também acontece nesse setor. “Eu acho um pouco difícil. Agora, agora acho. O jogador da base ele tem que mostrar qualidade. Principalmente quando ele subir, pra ficar no time. O pensamento nosso é esse, tem que acertar a parte de treinamento, de jogar. Tendo esse processo, acho que vamos descobrir pelo menos dois ou três que podem ser titular”.

Mensagem para o torcedor coral

Giva finalizou a entrevista com uma mensagem de esperança para a torcida tricolor. “Para a torcida do Santa Cruz, eu que comecei lá, foi meu primeiro clube como jogador, peço que tenham mais paciência. Mais do que já tiveram. Não adianta ir lá, jogar rojão no campo. Não é pra ir em campo falar com jogador. Isso aí cabe a comissão, ao presidente do clube. É os outros que acompanham a direção. Então deixa ver. A gente tá fazendo de tudo e vai fazer para que o Santa saia dessa situação”.

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