Da Rádio JC News Recife
Vários trabalhos demonstram que nas cidades em que a população é alertada preventivamente, os problemas de coluna ou deformidades têm caído consideravelmente. A Escoliose, umas dessas deformidades, trata-se de uma curvatura lateral da coluna vertebral. Pode ser observada com a criança ou adolescente vista por trás, com o tronco desnudo. São três grandes observações que podem ser feitas para ajudar na percepção de piora do desvio:
a) Altura dos ombros (simétricas);
b) Distância do braço e antebraço ao tronco: diferente de um para outro lado;
c) Diferença na caixa torácica se comparado um lado com o outro (Gibosidade).
Vista de frente, a coluna deve apresentar-se reta. A rotação das vértebras origina curvaturas chamadas de escoliose. É a rotação e não a curva que define a escoliose. Estas curvas dão origem a deformidades do dorso. Cerca de 80% são idiopáticas (não se sabe a causa) e são mais frequentes nas ladolescentes do sexo feminino. Pode surgir no adulto, mas nestes deve-se ao processo de artrose, que surge com o envelhecimento. A gravidade é muito variável e depende de vários fatores:
· Idade (a curva agrava-se pouco após o fim da puberdade)
· Grau de crescimento ósseo restante - Risser (quanto menos potencial de crescimento restar menos a curva progride)
· Giba (quanto maior a deformidade do dorso, pior o prognóstico)
· Ângulo de curva - Cobb (curvas com 35º antes da puberdade serão provavelmente cirúrgicas)
· Cifose e Lordose (curvas no perfil associadas àescoliose pioram de forma significativa o prognóstico)
A escoliose não pode ser prevenida mas, se diagnosticada a tempo e corretamente tratada, tem cura. A doença se trata de duas formas: Coletes (só são eficazes em certas curvas) e Cirurgia.
I MUTIRÃO PARA CORREÇÃO CIRÚRGICA DAS DEFORMIDADES DA COLUNA VERTEBRAL - O grupo de cirurgia da coluna do Hospital Getúlio Vargas realizará no período de 15 a 18 de Maio de 2013 o I Mutirão para correção cirúrgica das deformidades da coluna vertebral. Será uma ação humanitária sem fins lucrativos visando ajudar a diminuir a fila de espera que chega a três anos. São adolescentes com deformidades progressivas da coluna que não possuem outra opção no Estado para realizar esta cirurgia pelo sistema público. A ação contará com a participação dos Ortopedistas Rodrigo Castro de Medeiros, Túlio Rangel, Marcus André e André Flávio bem como toda equipe de suporte; médicos residentes, anestesiologistas, corpo de enfermagem, assistentes sociais, hemoterapia e participação logística do Rotary Club Largo da Paz. Todo material utilizado será fornecido pelo SUS. Sobre o assunto, Mário Neto conversou com Rodrigo Castro. Ouça.