Pondo fim a uma espera de anos, teve início, nesta quinta-feira (13), o júri o popular de três pessoas acusadas de matar, esquartejar, ocultar e comercializar alimentos com os restos mortais de Jéssica Camila da Silva de 17 anos. Na denúncia do Ministério Público de Pernambuco, a adolescente foi morta em maio de 2008 no loteamento Boa Fé 1, Rio Doce e os produtos vendidos com carne humana no município de Garanhuns, Agreste.
Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, de 52 anos, Isabel Cristina Torreão Pires, 53 e Bruna Cristina Oliveira da Silva de 28 anos sentam no banco dos réus, diante de em um salão completamente lotado.
Nesta tarde, os réus são ouvidos. Durante o depoimento, que durou quase 30 minutos Jorge Beltrão confessou o crime e só corrigiu uma informação do delegado Paulo Berenguer. Segundou Jorge, quando ele deferiu o golpe de faca na jugular de Jéssica ela já morreu neste momento e não depois, quando foi levada ao banheiro. Ele ainda assumiu a autoria de outros crimes em Garanhuns. O acusado se defendeu dizendo que estava fora de si no momento dos crimes, alegando que seria esquizofrênico.
Os três permaneceram em silêncio durante toda a amanhã. Isabel, uma das mulheres de Jorge, chorou a maior parte do tempo. A primeira testemunha de acusação, o psiquiatra forense, Lamartine Holanda, responsável pelo laudo de sanidade mental do trio, concluiu durante a sessão que eles não apresentam distúrbios.
Ainda de manhã, o delegado Paulo Berenguer responsável pelo caso, testemunhou. A promotora de justiça, Eliane Gaia, garante estar confiante na condenação dos réus. Questionada sobre a tentativa das defesas de convencer os jurados de esquizofrenia no caso de Jorge e de que as esposas eram coagidas a promotora foi enfática. Nós temos provas suficientes para derrubar todas essas teses. Ninguém estava obrigada a fazer nada, todo mundo estava livre, rebateu a promotora. Eles foram submetidos a testes e laudos psiquiátricos que comprovam que eles são perfeitamente normais, completou.
Rafael Carneiro acompanhou o julgamento durante toda a manhã e traz os detalhes:
A promotoria vai pedir a condenação por homicídio quadruplamente qualificado, por meio cruel e para esconder crimes anteriores. Os advogados de defesa vão tentar alegar insanidade mental de Jorge Beltrão, enquanto os de Isabel e Bruna tentam usar a tese de coação.
Confira as informações nos flashs de Rafael Carneiro:
Em Garanhuns, casa era usada para matar vítimas e colocar sua carne em empadas. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Confira agora um trecho de uma entrevista onde Jorge Beltrão Negromonte da Silveira confessa os homicídios:
A defensora pública Tereza Joacy Gomes de Melo vai defender a tese que Jorge tem problemas mentais. A defesa irá propor uma medida de segurança, ou seja, a internação num hospital para portadores de transtornos mentais, ao invés de condenação.
Já Bruna Cristina, deve confessar detalhadamente o assassinato da jovem Jéssica durante o interrogatório.
Confira o depoimento de Isabel Cristina Pires da Silveira, esposa de Jorge, sobre o esquartejamento de uma outra vítima, Geise, moradora de Garanhuns:
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