A taxa de desemprego aumentou em todas as seis regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior taxa continuou sendo registrada em Salvador, que passou de 9% em fevereiro de 2014 para 10,8% no mês passado.
O Rio de Janeiro apresentou a menor taxa de desemprego. Na capital fluminense, a taxa subiu de 3,9% para 4,2% no período. As demais regiões metropolitanas tiveram as seguintes altas: Recife (passou de 6,4% para 7%), São Paulo (passou de 5,5% para 6,1%), Belo Horizonte (passou de 3,9% para 4,9%) e Porto Alegre (de 3,3% para 4,7%).
A taxa média nacional (das seis regiões) passou de 5,1%, em fevereiro do ano passado, para 5,9% em fevereiro deste ano. “Em 2014, tivemos uma estabilidade na população ocupada, sem expansão ou retração, e uma população desocupada que só caía. A desocupação não pressionava e nem havia dispensa. Mas, nos dois primeiros meses de 2015, o que a gente tem de comportamento é a queda da população ocupada e o crescimento da população desocupada”, disse a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.
A população ocupada, de 22,8 milhões, manteve-se estável em relação a fevereiro do ano passado, mas caiu 1% em relação a janeiro deste ano. Já a população desocupada cresceu 14,1% em relação a fevereiro de 2014 e 10,2% em relação a janeiro deste ano.
Entre os grupamentos de atividade, a população ocupada caiu em dois setores na comparação com fevereiro de 2014: indústria (-7,1%) e construção (-5,9%). A indústria perdeu 259 mil postos de trabalho em um ano, sendo a maior parte na indústria automobilística (47 mil) e na indústria de alimentos e bebidas (46 mil). Apenas em serviços domésticos houve alta (7,1%).
Na comparação com janeiro, houve queda apenas em outros serviços (-3,7%). Esse grupamento perdeu 165 mil postos de trabalho, principalmente nos segmentos de serviços pessoais, ou seja, manicures e cabeleireiros (70 mil), alojamento e alimentação (34 mil) e transportes terrestres (30 mil).
Os empregos com carteira assinada mantiveram-se estáveis em cerca de 11,5 milhões de pessoas.
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