O Consultório desta segunda-feira (02), abordou a separação causada pela morte.

Como lidar com a perda de um ente querido foi a abordagem deste dia de finados. O Brasil é um país que se fala pouco no tema e é um dos piores para morrer
Suellen Fernandes
Publicado em 02/11/2015 às 21:23


Foto Isabela Dias

Graça Araújo abordou o tema sobre a brevidade da vida com especialistas no assunto. A médica especialista em oncologia e coordenadora do mestrado de cuidados paliativos do IMIP, Jurema Telles, conversou sobre o assunto e suas abordagens no âmbito da cultura brasileira. Felipe Alves e Silva é psicólogo e atua na psicologia clínica de abordagem analítica. É também estudioso e palestrante de religiões afrodescendentes e comentou sobre a influência das religiões para lidar com a morte.

O Brasil ficou em 42º lugar em qualidade de morte, isso significa que o país tem um índice pior que a qualidade de vida se comparados os dois aspectos. Profissionais habilitados, acesso a medicações, alternativas de cuidados e outros problemas na saúde são alguns dos fatores que cooperam para que o país figure na lista de piores lugares para morrer. O tema também é pouco falado no país. A médica e especialista Jurema Telles, diz que é importante que abordemos o tema em família, com parente e amigos: “falar sobre isso é dar alternativa de cuidado, facilitar o processo de luto, facilitar as escolhas do paciente, permitir que ele viva plenamente.” Isso não quer dizer que o paciente viva mais, porém ajuda-o a ter menos dor e sentir-se confortado quando está junto à família.

Para o estudioso Felipe Alves, a religião é uma maneira de lidar melhor com a dor da separação. Ele afirma que a morte é uma frustração e isso é derrotante para quem passa. As diferentes religiões têm suas crenças quanto ao assunto da morte, a maioria das pessoas acredita que há uma sequência depois que alguém parte. No entanto, falar sobre ainda é um tabu para a sociedade, “ela é tão cotidiana e está tão presente quanto a economia e as outras abordagens no mundo atual”, afirma o especialista Felipe.

Não só pacientes em fase terminal e já idosos, mas também a morte repentina e de pessoas jovens foi debatido no Consultório.

Ouço o programa na íntegra:

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