Com a economia estagnada e a piora do mercado de trabalho, a proporção de jovens apelidados de “nem, nem, nem”, ou seja, aqueles que nem estudam, nem trabalham e nem procuram emprego, encolheu no Brasil pela primeira vez em cinco anos.
No ano passado, 6,8 milhões de jovens compunham o contingente de “nem, nem, nem” no país, o que representa 13,9% das pessoas de 15 a 29 anos. No ano anterior, a proporção era de 15%, ou seja, 546 mil jovens a mais nessa situação.
O economista Ecio Costa confirma a relação da diminuição com a mudança no cenário econômico. “Muitos desses jovens dependiam muito da renda dos pais. Isso mudou. Nós agora temos uma situação econômica onde muitas vezes o pai ou a mãe perdeu o emprego nesse processo, ou, por conta da inflação muito alta, a renda se deteriorou, fazendo com que o orçamento familiar não consiga mais atender a todas as demandas que a família tem”, explicou. “Isso está fazendo com essa geração vá a procura de emprego”, completou.
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