Um novo tratamento que dobra as chances de cura para os portadores do vírus da hepatite C já começou a ser distribuído gratuitamente a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) de Pernambuco. São três novos medicamentos fornecidos na Farmácia do Estado que inicialmente vão beneficiar 409 pessoas. No tratamento anteriormente aplicado, que incluía a injeção de remédios com efeito colateral, as chances de cura variavam de 40 a 47 %, em um período de uso de 48 a 52 semanas.
Já esta nova terapia por via oral dura um período de 12 a 24 semanas. Para marcar o lançamento do serviço, nesta quinta-feira (17) equipes da Secretaria Estadual de Saúde visitaram o Instituto do Fígado de Pernambuco, que atende a pacientes do SUS com hepatite C.
A presidente do Instituto, a médica hepatalogista Leila Beltrão diz que os sintomas são, muitas vezes, imperceptíveis. “Em regra geral, os pacientes são praticamente assintomáticos, ou seja, sem sintomas. A não ser quando há cansaço, aí começa a ter algumas manifestações já de complicações, que aí o paciente já tem cirrose hepática, ele começa a ter barriga d’água, o olho amarelo, fica um pouco esquecido”, alertou. “A gente espera que agora com esse tratamento, 90% desses pacientes vão ser curados”, completou.
Confira os detalhes na reportagem de Clarissa Siqueira:
Na rede privada, o novo tratamento contra hepatite C pode ser adquirido por cerca de R$ 400 mil. O Ministério da Saúde, em parceria com a indústria farmacêutica, vai pagar cerca de R$ 40 mil reais nas mesmas terapias. O secretario de Saúde do Estado, Iram Costa, detalha quem pode pegar o medicamento de maneira gratuita. “Eles precisam ter receita médica, ter a determinação. Não serve para todos os pacientes. Então isso é uma escolha do paciente com seu médico. Ele precisa ser cadastrado na Farmácia Central do Estado, mediante uma receita médica, de um médico especializado e credenciando para fazer esse tipo de atendimento”, explicou.
O vírus pode ser transmitido pelo ato sexual desprotegido ou no compartilhamento de objetos cortantes. Foi o caso do aposentado Cícero Bezerra, que descobriu a doença 2005, já fez transplante de fígado e agora tem esperança de ficar curado com o novo medicamento.
O Instituto do Fígado de Pernambuco possui estrutura para diagnóstico e tratamento de pacientes portadores de doenças no fígado e atende a pacientes de sus encaminhados por médicos das emergências e postos de saúde.
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