A Região Metropolitana do Recife conheceu nesta segunda-feira (18) o índice de reajuste na tarifa das passagens de ônibus. A decisão saiu na 14ª Reunião Ordinária do Conselho Superior de Transporte Metropolitano por 15 votos a 9, que acatou a proposta do Governo do Estado de 14,42% de aumento.
Nela, foi levada em consideração a redução de 4,95 % no número de passageiros, variação dos índices de reajuste de insumos, como óleo diesel e lubrificante, maior que o IPCA no ano passado, aumento do número de estações de BRT (15 novas estações, totalizando 39) e a operação dos 21 terminais integrados.
Sendo assim, o subsídio deste ano será de R$ 150 milhões. Na prática, cada passagem terá R$ 0,30 do governo. Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:
Confira a mudança nos valores: o anel A - utilizado por 80 % dos passageiros - sai de R$ 2,45 para R$ 2,80; o B, de R$ 3,35 vai para R$ 3,80 ou R$ 3,85. O anel D, hoje com valor de R$ 2,65, passará a custar R$ 3 e o G, onde o passageiro paga R$ 1,60, ficará em R$ 1,85.
Agora, a homologação das novas tarifas depende da Agência Reguladora de Pernambuco (ARPE), como explica o secretário das Cidades, André de Paula. “Me parece que com relação ao anel A não há dificuldade, porque ficou muito próximo de R$ 2,80 e deve ser R$ 2,80. Mas em relação ao anel B, que é 15% do sistema, ela pode arredondar para R$ 3,85 ou R$ 3,80. Isso nós vamos saber no final da tarde e não é uma decisão política. É uma decisão técnica, fruto de estudos que vão ser promovidos pelos técnicos da ARPE”, ressaltou o secretário, apontando que os valores podem entrar em vigor a qualquer momento, após a publicação no Diário Oficial.
O Sindicato das Empresas de Ônibus (Urbana-PE), que teve a proposta de aumento tarifário de 32% rejeitada, saiu satisfeito. “A gente vê uma preocupação do governo com o transporte, o que nos deixa satisfeito. Ficou abaixo, mas também tiveram alguns custos que o governo assumiu”, explicou o presidente do sindicato, Fernando Bandeira.
Ainda na reunião, representantes dos passageiros tiveram o pedido de vistas na planilha tarifária do sistema negado. Cleiton Leal, não concorda com o resultado. “Nos últimos anos a gente tinha aumentos de acordo com o IPCA. A gente esperava que o aumento fosse de acordo com o IPCA, que já era de certa forma alto pela qualidade do serviço de transporte que a gente tem hoje”, reclamou.
A Frente de Luta pelo Transporte Público ainda não se pronunciou sobre o aumento e às 16h realiza coletiva de imprensa, no DCE da Universidade Católica (Unicap), para tratar do assunto.
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