Protesto com enterro do salário marca segundo dia da paralisação de terceirizados do IML

Funcionários reclamam que estão sem receber os benefícios desde dezembro. Eles alegam que, mesmo quando salário é pago, dinheiro nunca chega na data
Da Rádio Jornal
Publicado em 22/01/2016 às 9:43



Cerca de 50 trabalhadores do instituto de medicina legal voltaram a protestar contra os atrasos constantes no repasse de salários e benefícios. Os funcionários são responsáveis pelos serviços de remoção e limpeza dos corpos na unidade do Recife, que fica no bairro de Santo Amaro, área central da cidade.

Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal


Os terceirizados alegam que estão sem receber desde dezembro e com pendências nos vale transporte e alimentação. Nesta sexta-feira (22), o grupo protestou com um enterro simbólico em que o “morto” era o salário. Saiba mais na reportagem de Rafael Carneiro:

Com a paralisação, a liberação dos corpos nesta sexta-feira está comprometida. Por volta das 8h30, 12 famílias já esperavam a realização dos exames de necropsia.

Além do café da manhã, a categoria realiza nesta sexta-feira uma assembleia para definir os rumos da mobilização, mas afirmam que só voltam ao trabalho quando receberem. O governo do estado diz que repassou verbas a empresa Staf e que os salários serão liberados em breve.

Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal

O repórter Roberto Carvalho conversou com a família de Delivan Clementino da Silva, de 36 anos, que morreu após um atropelamento. O pai dele, Gilvan Clamentino, veio de Tracunhaém e alega que o IML se recusa a receber o corpo.

A dor de Bernardino de Teobaldo Maranhão também é grande. E não é de hoje. O irmão dele foi encontrado morto e deu entrada no IML no último domingo (16), mas ainda não foi liberado:

O presidente da Força Sindical, Rinaldo Júnior, instituição que representa os terceirizados, pede desculpas a sociedade. “O usuário está sendo prejudicado pelo descaso do poder público. Todos os meses o trabalhador precisa implorar para ser pago. Desta vez foi a gota d’água e a assembleia definiu que só volta a trabalhar com o dinheiro na conta”, diz.

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