Morreu às 7h39 desta quarta-feira (9), aos 71 anos, o percussionista Naná Vasconcelos. Ele estava internado no Hospital Unimed III desde o último dia 29 com complicações no tratamento de um câncer no pulmão. No último sábado (5), o quadro clínico do percussionista foi agravado e ele precisou ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O músico foi diagnosticado com infecção respiratória, arritmia cardíaca, além da progressão do tumor no pulmão. Segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, o quadro do percussionista era extremamente grave e inspirava cuidados. Hoje, ele não resistiu ao quadro e faleceu. O velório acontece a partir das 14h na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O sepultamento acontece às 10h desta quinta-feira (10) no Cemitério de Santo Amaro.
Naná Vasconcelos foi eleito o Melhor Percussionista do Mundo oito vezes pela revista americana Down Beat e venceu oito prêmios Grammy. No dia 9 de dezembro de 2015, ele recebeu o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Na época, ele conversou com a reportagem da Rádio Jornal e disse como recebeu a notícia:
Em agosto do ano passado, Naná Vasconcelos foi diagnosticado com câncer no pulmão. Depois de mais de 20 dias internado, ele recebeu alta e deu início às sessões de quimioterapia e radioterapia, que duraram mais 40 dias. Em setembro, após alta médica, Naná disse à Rádio Jornal que recebeu muita energia positiva da equipe médica e que iria continuar se tratando para alcançar a cura. "Agradeço a todo mundo que está fazendo preces, orando por mim. Gente de diferentes ramificações religiosas e de toda parte do mundo. Gente da índia, da Noruega, do Japão, da China, da Austrália, da Turquia e dos Estados Unidos, onde morei 27 anos. Isso é muito bonito porque é do bem, é para o bem. Amém e amém".
Naná Vasconcelos foi o maestro da abertura do Carnaval do Recife há 15 anos consecutivos e este ano misturou a cultura africana, indígena e brasileira na cerimônia. Ao lado dele, mais de Naná Vasconcelos 700 músicos, cantores, dançarinos, nações de Maracatu, corais e caboclinhos, fizeram do carnaval 2016 uma festa digna de um grande homem. Ele também esteve no festival de música alternativa Rec-Beat. Na agenda do músico, estva marcada a participação dele em uma turnê pelo Japão, China e Coreia do Sul, que seria realizada no mês que vem.
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