O senador pernambucano e ex-ministro do Desesnvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto (PTB), comentou nesta terça-feira (24) o escândalo envolvendo a divulgação de conversa entre o também senador Romero Jucá, que foi nomeado pelo presidente interino Michel Temer como ministro do Planejamento, e o ex-diretor da Transpetro, Sérgio Machado. Para a Rádio Jornal, Armando condenou a postura do colega de parlamento e disse que "não há dúvida de que a gravação de Jucá marca uma primeira crise do governo interino".
Ouça a entrevista competa:
Romero Jucá é recifense, mas foi eleito senador pelo PMDB do Roraima. Na conversa divulgada ontem pelo jornal Folha de São Paulo, o parlamentar estaria montando um "pacto" para barrar as investigações da Operação Lava Jato. Ainda durante a conversa, Jucá deixa a entender que a apuração da Polícia Federal poderia prejudicar membros do governo interino de Michel Temer e até de fora dele, como é o caso do senador Aécio Neves.
Sobre isso, Armando afirmou que acredita ser a primeira crise do presidente interino, que assumiu o posto provisoriamente com o afastamento de Dilma Rousseff. "Não há dúvida de que a gravação de Jucá marca uma primeira crise do governo interino", disse. "A gravação de Jucá mostra que o núcleo do governo interino é afetado pela Lava Jato", diz completou.
Embora considere que "a gravação de Jucá aponta fatos da maior gravidade", Armando garantiu que "não acho que o episódio de Jucá seja razão para celebração de alguns", diz Armando Monteiro. "Eu acho que nós não podemos ficar numa situação em que a disputa política se radicalize", afirmou, se referindo ao clima político que levou ao afastamento de Dilma do cargo.
Durante entrevista ao comunicador Geraldo Freire, o radialista Wagner Gomes, e a diretora do Núcleo de Mídias Digitais do Sistema Jornal do Commercio, Maria Luiza Borges, no Passando a Limpo, Armando também comentou a postura econômica do governo interino, dizendo que são bons nomes, mas que ainda não apresentaram metas, portanto, não poderia opinar. Armando falou ainda sobre a aprovação na meta fiscal solicitada por Temer e reprovada pela oposição no Congresso. "Não acho que o episódio de Jucá vá afetar a aprovação da meta fiscal", disse.
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