Primeiro Estado a notificar a mudança do padrão da microcefalia no País, Pernambuco possui 366 bebês com diagnóstico da malformação. Para a maioria das pessoas, a condição é nova e envolta em mistérios. Com o intuito de conscientizar a população, enfrentar o preconceito e preparar as famílias para acolher os bebês na sociedade, o Governo do Estado passa a veicular, nesta sexta-feira (1º), a campanha "Em Pernambuco, quem nasce com microcefalia é recebido pela família com amor, pelo Estado com atenção e por todos com respeito".
Baseada em casos reais, a campanha tem origem em um ensaio fotográfico sensível, que apresenta a relação de carinho e afeto entre pais e filhos. As fotos darão vida não só a uma campanha de mídia, mas a uma exposição itinerante que percorrerá todo o Estado. As peças poderão ser observadas em mídia exterior (backbus e frontlight), anúncios de jornal e revista, além de ações noturnas de walkmídia, internet, blogs e cinema. Comerciais também serão exibidos na grade de programação das TVs, com depoimentos e relatos de cada família participante.
“O Governo de Pernambuco tem encarado essa situação de frente. O Estado foi o primeiro a notificar e acompanhar os casos de microcefalia, foi o primeiro a criar um protocolo de atendimento, que se tornou modelo para outros estados e países, sem contar a descentralização do atendimento às crianças com microcefalia. Assim, não poderíamos deixar de levantar essa discussão junto à sociedade. Precisamos e estamos garantindo os direitos dessas crianças, mas também queremos garantir o respeito e a dignidade com que elas e seus familiares precisam ser acolhidos na sociedade”, explica o governador Paulo Câmara.
Campanha convida população a deixar sua mensagem de boas-vindas aos bebês
O trabalho está hospedado no hotsite www.recebecomamor.com.br, no qual as pessoas poderão acessar e deixar mensagens, por meio de vídeos, fotos e textos, para os bebês com microcefalia que estão nascendo em Pernambuco. O portal contará ainda com as peças da campanha, fotos das famílias e perguntas e respostas sobre microcefalia, para trabalhar os estigmas sociais relacionados ao tema, além de toda a rede de atendimento descentralizada do Estado.
MICROCEFALIA – Pernambuco foi pioneiro na identificação da alteração no padrão da microcefalia, na estruturação de um sistema de vigilância para este evento inusitado em saúde pública e na organização da rede de atenção e acompanhamento das gestantes e crianças com microcefalia.
Pesquisa – Pernambuco também tomou uma iniciativa pioneira no Brasil de fomento à pesquisa científica nessa área. Neste sentido, foram investidos R$ 3 milhões, de recursos das secretarias estaduais de Ciência e Tecnologia e da Saúde, via Facepe, para fomento às pesquisas que buscam identificar e conhecer melhor o vírus Zika.
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