"Cultura da greve subsidiada pelo dinheiro público vai ter um novo paradigma". Em entrevista exclusiva à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (28), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu a recente decisão que autoriza o desconto dos dias não trabalhados pelos grevistas e falou sobre o fenômeno do Caixa Dois, além de comentar sobre o andamento do processo eleitoral brasileiro.
Para Gilmar Mendes,o Brasil possui uma cultura que "beneficia" o grevista: "No Brasil, existe a cultura de uma greve subsdiada, paga pelo dinheiro do contribuinte. A decisão do STF vai estabelecer novos partadigmas", afirmou. Nesta quinta-feira, por 7 votos a 4, o Supremo decidiu que o servidor público pode ter o dia parado na greve descontado. Gilmar Mendes sinaliza que não há brechas para escapar da decisão: "A partir de agora é um dever descontar do servidor que fizer greve", afirmou.
Em meio aos atritos entre a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Gilmar Mendes disse que existe um ambiente de muita tensão e que tudo é "maximizado". Para ele, Carmem Lúcia precisou dar uma resposta dura à afirmação de Renan de que um juiz da primeira estância é um "juizeco". No entanto, ele acredita que o melhor caminho sempre é o Supremo Tribunal: "Tudo tem que ser resolvido no STF", afirmou.
O presidente do TSE também comentou sobre projetos que estão correndo no Congresso Nacional, como as 10 medidas contra a corrupção, defendida pelo Ministério Público Federal. Gilmar Mendes afirma ter "restrições" sobre alguns pontos do projeto.
O ministro do STF não quis dar detalhes nem opinar sobre outros projetos polêmicos, como a Lei de Abuso de Autoridade e a decisão do Supremo contra a prática de vaquejadas.
Para Gilmar Mendes, mesmo com o fim do financiamento privado das campanhas, "pouca coisa mudou". Ele garante que a prática do Caixa Dois continua e que precisa ser criminalizada. "Continuamos a ter o fenômeno do Caixa Dois mesmo após do fim do financiamento privado das campanhas", declarou.
Gilmar Mendes defendeu o mutirão carcerário como meio para diminuir a superlotação nos presídios de todo o país. Ele afirma que a prática foi descontinuada pelas últimas gestões do STF. "Metade dos presos do Brasil é de provisírios, temos que dar atenção se todos aqueles que estão presos deveriam estar presos", afirmou.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral e coordenador das Eleições 2016, Gilmar Mendes declarou que o processo deste ano "corre bem, em um ritmo adequado". Ele acredita que até às 20h30 (19h30, no horário de Brasília), a apuração do segundo turno neste domingo (30) estará concluida.
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