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O juiz federal Sérgio Moro foi ao Senado questionar projeto de abuso de autoridade e foi ironizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. O convite foi feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para participar da sessão, nesta quinta-feira (1º), que discute um projeto que trata do abuso de autoridade.
Um projeto que, segundo integrantes do Ministério Público, Renan Calheiros desengavetou para pressionar o judiciário e o próprio poder do Ministério Público. O juiz Sérgio Moro compareceu como convidado, sendo ele o comandante da operação Lava Jato.
Na abertura dos trabalhos, Renan usou a palavra para, de forma irônica, dizer que ele considera "as investigações da Lava Jato sagradas" e que é, graças a operação, que o país está sendo passado a limpo.
Confira os detalhes na reportagem de Romoaldo de Souza:
O senador Roberto Requião (PSDB), que é relator do projeto que está sendo analisado no Senado, afirmou que esta é uma oportunidade para que a sociedade discuta o que significa, na prática, projetos de iniciativa popular. Como, por exemplo, aquelas medidas que foram votadas na Câmara dos Deputados chamadas de “10 Medidas contra a Corrupção”, que tinham mais de 2 milhões de assinaturas, e, segundo o relator, a maioria dos brasileiros não sabe nem do que se trata.
Já o juiz Sérgio Moro recomendou que o Senado não vote “a toque de caixa” medidas que são punitivas ao Ministério Público e ao poder Judiciário. Ele disse que esse tipo de medida é importante que seja apresentada, mas que ela precisa primeiro ser debatida com a sociedade, com os juristas e os próprios parlamentares.
Parlamentares como o líder do PT no Senado, Humberto Costa, questionaram Moro dizendo que o juiz na Operação Lava Jato está perseguindo políticos do PT.
Enquanto estava rolando o debate no Senado, o ministro Gilmar Mendes saiu às pressas. No Supremo Tribunal Federal (STF) começou o julgamento de Renan Calheiros no processo do inquérito 2.593, que foi aberto pelo Ministério Público sete anos atrás, e pede que Calheiros se torne réu na investigação em que ele é apontado de ter usado dinheiro de uma empreiteira para pagar a pensão alimentícia a uma filha que ele teve fora do casamento com a jornalista Monica Velosos.
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