O ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho (PSB-PE), conversou, nesta sexta-feira (16), com a Rádio Jornal sobre a geração de energia no interior do Estado. Para o gestor, o uso da malha hidráulica de rios do Nordeste para a produção de energia, em especial nos períodos de seca, debilita a saúde dos mananciais.
De acordo com o ministro, uma das situações mais críticas é a do Rio São Francisco."Já foi analisada com muito cuidado. Hoje já se gera pouco energia nessas usinas. É um volume ainda considerável, aproximadamente 1000 ou 1200 megawatts, mas, perto do potencial de todas essas usinas, é um número bem aquém", diz.
O ministro afirmou que é preciso garantir os "usos múltiplos" da água. Para ele, é preciso privilegiar o abastecimento das populações que dependem do rio e a recuperação do São Francisco. "Para a gente poder recuperar a situação dos reservatórios, a gente não pode estar pressionado pela geração de energia", diz.
De acordo com Fernando Filho, o Ministério tem projetos específicos para ampliar o acesso à geração da energia solar. "Quando você faz a conta da energia solar para pessoa física ou pessoa jurídica de pequeno porte, o retorno do investimento é coisa para entre cinco e sete anos. Como a placa tem vida útil de 25 anos, é um bom investimento", explica. "Culturalmente, o brasileiro não tem costume de contrair uma dívida de tão longo prazo. Aí você esbarra na linha de crédito", completa.
Para garantir que mais gente tenha acesso à energia solar, o Ministério de Minas e Energia conta com parceria com o Banco do Nordeste e quer ampliar os acordos com o Banco da Amazônia, além de discussões com a Caixa Econômica, que tem penetração no País inteiro, com juros atrativos. "Eu posso garantir que o fenômeno da geração distribuída já é uma realidade no mundo e vai vir para o Brasil", afirma.
Desde o começo da crise política envolvendo o presidente Michel Temer, o PSB, partido de Fernando Filho, tem adotado uma postura que varia entre a isenção e a oposição. Em alguns momentos, a direção nacional já solicitou ao ministro que ele deixasse o cargo.
De acordo com Fernando Filho, a postura do partido não influencia no cargo ocupado por ele. "Primeiro que o partido nunca apoiou o governo de fato. Me tornei ministro pelo apoio das bancadas", diz. "Já conversei com Paulo Câmara, disse que respeitava a decisão do partido, mas gostaria que compreendessem a nossa situação", desabafa. "Não quero fazer dessas divergências um palco de batalha. Não sou de polemizar", afirma.
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