Os quatro policiais militares envolvidos na morte do estudante Edvaldo da Silva Alves, em Itambé, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, vão sentar no banco dos réus. A decisão foi tomada pela justiça, que acatou a denúncia do Ministério Público de Pernambuco protocolada na última quinta-feira (13) pelo promotor João Elias Filho, que denunciou os PMs por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
O veredito contraria o inquérito da Polícia Civil, que concluiu que os policiais não tinham intenção de matar Edvaldo. Sendo assim, vão responder por homicídio doloso, o capitão Ramon Tadeu Silva Cazé, que deu a ordem para o disparo que atingiu a vítima, e o soldado Ivaldo Batista de Sousa Júnior, que atirou na vítima com uma espingarda calibre 12 carregada com cartucho de bala de borracha.
Os policiais militares Alexandre Dutra da Silva e Silvino Lopes de Souza, que estavam no momento do protesto, vão responder processo por omissão de socorro. Os quatro policiais militares têm até dez dias para apresentar a defesa.
O advogado da família de Edvaldo, Ronaldo Jordão, diz que existe a possibilidade de todos os envolvidos serem condenados.
A denúncia do Ministério Público foi acatada pelo juiz Ícaro Nobre Fonseca. O juiz também determinou que os policiais militares estão proibidos de manter qualquer tipo de contato ou aproximação com as testemunhas e informantes citados no processo. Os quatro também precisam informar os endereços profissionais e residenciais e só podem trocar de local com autorização judicial.
A denúncia do promotor João Elias Filho contraria a posição da Polícia Civil, que na pessoa do delegado Pablo de Carvalho, que investigou o caso, havia indiciado apenas dois PMs: o que deu a ordem do tiro e o que atirou por homicídio culposo sem intenção de matar, sob a justificativa de que eles não tinham treinamento adequado para usar a arma e, por isso, eram imperitos. O advogado Ronaldo Jordão diz que a decisão é um alívio para a família do jovem.
Procurada pela reportagem da Rádio Jornal, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco disse que o caso agora é responsabilidade da justiça.
O jovem Edvaldo, de 21 anos, foi baleado no dia 17 de março deste ano em protesto por mais segurança em Itambé. O vídeo do momento do disparo ganhou repercussão após ser postado em uma rede social. O jovem passou 25 dias internado no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, e faleceu no último dia 11 de abril.
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