A delação premiada do ex-deputado pernambucano Pedro Corrêa (PP) foi finalmente homologada pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin. Corrêa foi condenado na Lava Jato e no mensalão. A informação foi divulgada nesta terça-feira (8). Em troca, ele poderá cumprir a pena em prisão domiciliar e conseguiu livrar os filhos e a nora de possíveis punições.
Clóvis Corrêa, advogado e primo do político, concedeu entrevista ao comunicador Ednaldo Santos, no Balanço das Notícias, nesta terça. Segundo a defesa, mesmo com os benefícios que recebeu, Pedro Corrêa colaborou com a delação premiada sem pensar em retornos. “Ele construiu para a justiça o que tinha acontecido com ele e o ex-presidente Lula. Logo que Lula foi eleito presidente da República ele o convidou para que o partido que ele (Pedro Corrêa) era presidente, o PP, pudesse operar a favor do governo”, explicou.
Na ocasião, o ex-deputado teria perguntado a Lula qual ministério a sigla dele, PP, ganharia. Segundo o advogado, o ex-presidente teria negado o pedido de Pedro Corrêa, mas prometeu dinheiro da Petrobras para o então parlamentar. “Esse fato teve uma repercussão significativa porque além de mostrar o início do processo de corrupção que existiu na Petrobras, Pedro não fez essa delação obtendo nenhuma vantagem”, afirmou, dizendo que os procuradores da Lava Jato e o juiz federal Sergio Moro ficaram gratos.
O advogado acredita que a delação premiada do cliente dele foi consagradora para mostrar o início da corrupção que foi instalada da Petrobras na presidente de Lula. Na delação de Pedro Corrêa, ele ainda falou sobre contratos importantes envolvendo a Refinaria Abreu e Lima.
Clóvis Corrêa reconheceu, no entanto, que esse tipo de esquema existiu em outros governos, a exemplo do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Confira os detalhes na entrevista completa:
Após a homologação, a partir de março de 2018, Pedro Corrêa passará a cumprir a pena em prisão domiciliar. “Com essa homologação da delação também ele afasta a punição que poderia ocorrer em relação a filha, ao filho e a nora, porque todos três ajudavam”, contou, explicando que eles davam dinheiros.
O advogado disse ainda que em encontro com o doleiro Alberto Youssef, acusado pela força-tarefa do Ministério Público Federal de ser o principal operador de propinas no esquema de corrupção na Petrobras, ele teria revelado que tinha 31 celulares para atender a todos os envolvidos no esquema. Youssef foi preso na Lava Jato em março de 2014, mas passou apenas 2 anos e 8 meses na prisão. Atualmente ele mora em São Paulo, onde cumpre regime aberto.
No ano passado, o então relator da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, morto em janeiro deste ano em um acidente aéreo, havia rejeitado a homologação da delação de Corrêa. Ele considerou que a delação era demasiadamente ampla e sem provas para tudo que foi narrado pelo ex-deputado. Na ocasião, Zavascki devolveu o material ao Ministério Público.
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