Pernambuco ultrapassa os cinco mil homicídios em 2017

O número assustador de homicídios registrados somente em 2017, antes mesmo do fim do ano, é o maior dos últimos 13 anos
Rádio Jornal
Publicado em 09/12/2017 às 9:56


Os números da violência cada vez assustam mais os pernambucanos. O número de homicídios já ultrapassou a marca de cinco mil pessoas mortas em 2017. Faltando menos de um mês para o fim do ano, a marca de 5.006 homicídios já é a maior em 13 anos.

De acordo com dados oficiais da Secretaria de Defesa Social (SDS), em 2017 foram registradas 4.576 mortes violentas até o mês de outubro. Ainda segundo os números oficiais da SDS, em 2016 o número de mortes violentas em Pernambuco foi de 4.479. As informações foram apuradas pela editoria de polícia da Rádio Jornal. O registro maior de homicídios ocorreu no interior do Estado.

Confira:

Só nas últimas 24 horas, desta sexta-feira (8) até este sábado (9), o Estado de Pernambuco registrou 18 homicídios, sendo 12 no Interior e 6 no Grande Recife.

Resposta

Por meio de nota, a Secretaria de Defesa Social informou que tem trabalho para reduzir as estatísticas de homicídios em Pernambuco e culpa a ausência de uma política nacional de segurança como motivo dos números alarmantes de violência.

Confira a nota completa

A Secretaria de Defesa Social informa que as estatísticas de violência (a exemplo dos CVLIs) referentes ao mês de novembro serão publicadas e comentadas no dia 15 de dezembro, conforme estabelecido em portaria do órgão.

Sobre os CVLIs, a SDS vem trabalhando intensamente para reduzir as estatísticas de homicídios, um desafio imposto a todos os estados brasileiros, conforme demonstrou a última edição do Anuário Brasileiro de Segurança. Enquanto não houver uma política nacional de segurança, com maior controle das fronteiras, criação de vagas em presídios e participação da União no custeio do setor, a disputa pelo tráfico de drogas e o crime organizado continuarão fazendo vítimas. Estatísticas da SDS são claras: 60% das mortes são causadas pelas disputas em torno do tráfico de drogas e outras atividades criminais e 41% das vítimas têm passagem pelo sistema penal, como presidiário ou indiciado pela Polícia. É preciso ações que abranjam o território nacional, envolvendo as mais diversas instituições brasileiras, de modo a conter o impacto trazido, fundamentalmente, pela crise econômica e o desemprego.

O Estado de Pernambuco, por meio das suas forças de segurança, tem trabalhado intensamente para conter os CVLIs. Em 2017, 2 mil homicidas foram presos, 90 operações Força no Foco foram desencadeadas para prender assassinos e desarticular grupos de extermínio. Investigações de CVLIs foram descentralizadas para todas as delegacias distritais e novas divisões de homicídios foram implantadas. No policiamento ostensivo, 1.500 PMs entraram em atividade, outros 1.322 estão em formação. Foram criados o BOPE (Recife), o BIESP (Agreste), o 25º Batalhão de Jaboatão dos Guararapes e a Companhia de Tamandaré. Serão implantados, em 2018, o 2º Biesp (Petrolina), o 26º BPM de Itapissuma, nove delegacias de repressão ao narcotráfico e a Companhia de Lajedo. No trabalho investigativo, 1, 3 mil policiais civis vão compor, no primeiro trimestre de 2018, a estrutura das delegacias em 185 municípios (mais Fernando de Noronha). O orçamento da segurança em 2017 (R$ 3,7 bilhões) superou todos os anos superiores.

Ações de gestão, aplicação de recursos e ajustes operacionais nas polícias já deram resultados significativos na sensação de segurança e na redução dos mais diversos delitos. Caíram os crimes contra o patrimônio pelo terceiro mês consecutivo e, em regiões como a RMR e o Agreste, os CVLIs tiveram inflexão. Houve diminuição drástica nos assaltos a ônibus, roubos a ônibus e roubos e furtos de veículos. Recentemente, o secretário Antônio de Pádua instituiu a Força-Tarefa Vidas, para atacar o tráfico de drogas e evitar os conflitos que mais colaboram para as estatísticas de homicídios.

Assim como nos últimos 10 anos, o Pacto pela Vida, responsável por salvar mais de 12 mil vidas no período, continuará como o fórum central de discussão e decisão na política pública de segurança, agregando os mais diversos setores do Executivo, além de Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e municípios.

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