A manhã foi de muita paciência para quem precisou abastecer o carro no Recife e Região Metropolitana. Desde o início da semana a população sente o reflexo da paralisação dos caminhoneiros. No início dessa sexta-feira (25), quinto dia do protesto, a situação foi ainda pior. Principalmente para quem precisou passar a madrugada enfrentando uma fila quilométrica em um posto de combustível na Avenida Norte, no Recife.
Paulo Leandro é motoboy. Ele e mais centenas de pessoas chegaram na fila às 19h da quinta-feira. Paulo só foi atendido às 8h desta sexta. “Já estava dando volta no quarteirão (...) Aí a gente veio devagar, enfrentando chuva e frio”, disse.
O pintor Josinaldo Moraes estava com o carro na reserva e preferiu sair de casa no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, de bicicleta. Ele levou um galão para comprar a gasolina mas voltou para casa com as mãos vazias.
Por volta das 10h, o Procon vistoriou o posto e determinou que o proprietário baixasse o valor dos combustíveis ou teria o estabelecimento interditado. O agente fiscal Elísio Paes Barreto alterou os preços e a gasolina está sendo vendida a R$ 4,39 o litro e o etanol a R$ 3,39. “Primeira houve uma denúncia de que o posto estaria aplicando um preço abusivo e nós entramos em contato com o proprietário (...) Houve uma baixa de R$ 0,60 no valor da gasolina”, destacou.
Em Olinda, todos os postos estão zerados.
Confira os detalhes na reportagem de Juliana Oliveira:
Comércio prejudicado
Com a falta de combustível o comércio também está prejudicado. No centro do recife muitas lojas fechadas e movimento fraco. Wagner tem um box de roupas e até o fim da manhã nenhum cliente apareceu.
Sem ônibus
Já os ônibus continuam circulando com frota reduzida para economizar óleo diesel. De acordo com o Grande Recife, o estoque das empresas está em nível crítico e, por isso, até às 17h as empresas permanecem circulando com apenas 30% da frota para garantir a volta para casa do passageiro.
Ainda não houve acordo entre o governo e a categoria e os caminhoneiros permanecem parados.