VENDAS

Pernambucanos ainda sofrem com falta de gás nas distribuidoras

População tem enfrentado longas filas nas distribuidoras para encontrar o gás de cozinha

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 07/06/2018 às 14:47
Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal
FOTO: Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal

Uma semana depois de encerrada a greve dos caminhoneiros, que gerou transtornos por todo país, os pernambucanos ainda sentem a falta de gás de cozinha. Em muitos locais de revenda de gás, longas filas se formam logo cedo.

Tem sido assim em algumas distribuidoras da Zona Norte do Recife: os clientes, mesmo sem a certeza de conseguirem levar o produto, chegam cedo e passam horas na fila. A dona de casa Janeide Alves da Costa ficou sem gás, nesta quarta-feira (6), e voltou mais cedo à revenda nesta quinta-feira (7) que fica na Rua Marquês de Baipendi, em Campo Grande, com o objetivo de finalmente comprar o botijão.

Depois dela, dezenas de pessoas esperavam pela chegada de mais uma carga sem ter a certeza do abastecimento. Em um posto de combustíveis na entrada do Vasco da Gama, os frentistas repetiram centenas de vezes aos clientes que os botijões de gás estavam em falta.

O gerente Gilmar Barbosa explicou que, para manter a ordem, só vai distribuir fichas com a chegada de mais caminhões.

O recepcionista Edson Silva foi um bom exemplo da dificuldade de quem procura pelo item essencial para uma família. Ele saiu de casa cedo e rodou atrás do produto, mas sem sucesso. “Hoje vai ser difícil. É comer pão com refrigerante e queijo. Nada pra cozinhar”, lamentou.

Confira os detalhes na reportagem de Rafael Carneiro:

Procon vistoria

O Procon Pernambuco tem visitado estabelecimentos em todo estado para fiscalizar práticas abusivas nos preços e a venda unitária por pessoa desde o dia 21 de maio e, até o momento, não houve registro de autuações nas mais de 100 visitas.

A secretária executiva Estadual do Consumidor, Mariana Pontual, faz algumas recomendações a população. “A orientação do Procon PE é que as pessoas evitem comprar dessas pessoas [não autorizadas] porque além de deixar de ter segurança, você está comprando um produto que não sabe a procedência, você ainda paga três vezes o valor normal”, disse.

Na Vila Popular, em Olinda, não houve constatação de irregularidades durante a visita do Procon.