O promotor de justiça, da Vara de Execuções Penais, Marcellus Ugiette virou alvo de uma investigação da Polícia Civil, deflagrada na última sexta-feira (3). A suspeita é de que o promotor tenha praticado crime de corrupção passiva. Ugiette teria obtido vantagens financeiras e presentes para beneficiar presos. Os detalhes da investigação foram divulgados nesta segunda-feira (6), pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Repreensão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco.
Saiba mais na reportagem de Felipe Rocha:
Operação Ponto Cego
Durante a operação Ponto Cego, uma quadrilha foi presa suspeita de crimes como estelionato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capital, advocacia administrativa e furto qualificado.
Na operação, a polícia cumpriu 19 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão. Na casa de Marcellus Ugiette foi cumprido um mandado de busca e apreensão, onde foram apreendidos celulares, pen-drives e outros objetos do promotor.
Por ter foro privilegiado, a investigação que envolve Ugiette foi levada para o MPPE que inicialmente decidiu afastá-lo das funções até a conclusão do caso.
De acordo com o procurador Ricardo Lapenda, coordenador do Gaeco, Ugiette colaborou com a quadrilha. A quadrilha, que cometia crimes envolvendo fraudes financeiras, atuava de várias formas, como explica a delegada responsável pelo caso, Viviane Santa Cruz.
Além de estelionato, os membros da organização criminosa são acusados de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, advocacia administrativa e furto qualificado em Pernambuco, alagoas e Rio Grande do Norte.