JÚRI POPULAR

Defesa de segurança diz que tiro em Lucas Lyra foi acidental

Lucas Lyra foi baleado na nuca em fevereiro de 2013 em frente à sede social do Náutico, no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 03/09/2018 às 14:28
Bobby Fabisak/JC Imagem
FOTO: Bobby Fabisak/JC Imagem

Desde a manhã desta segunda-feira (3), é realizado na primeira vara do tribunal, no Fórum Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, na área central da capital pernambucana, o júri popular do homem acusado de atirar no torcedor Lucas Lyra. Hoje com 24 anos, o jovem foi baleado na nuca em fevereiro de 2013 em frente à sede social do Náutico, no bairro dos Aflitos, Zona Norte do Recife.

O réu, acusado de disparar o tiro que atingiu Lucas, era o então segurança da empresa de transporte coletivo Pedrosa. José Carlos Feitosa Barreto vai responder à acusação de homicídio qualificado - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima.

Lucas Lyra chegou por volta das nove horas da manhã, em uma maca, já que após o ocorrido, perdeu os movimentos do lado esquerdo do corpo, a visão periférica, 90% da audição e sente muitas dores. Ele disse que espera justiça. “Eu não tenho dúvidas de que vou voltar ao meu normal. A justiça é uma vitória não só minha”, disse.

O julgamento começou por volta das 9h20 com a fala do promotor André Rabelo, que durou cerca de uma hora e meia e destacou pontos importantes do processo. “Desde o início o Ministério Público denunciou o acusado como autor de uma tentativa de homicídio (...) Ele efetuou esse disparo em direção à cabeça de Lucas propositadamente, intencionalmente”, contou em entrevista à imprensa.

Confira os detalhes na reportagem de Cristiano Bassan:

Defesa

João Vieira, advogado de defesa do réu, disse que espera que seu cliente seja absolvido e disse que o segurança atirou acidentalmente. “As imagens são claras, as imagens do dia do fato elas ajudam a defesa”, comentou, contrariando a teoria da acusação.

Na tarde desta segunda, as falas serão divididas em três partes. O julgamento é acompanhado por familiares e amigos.