MORTES DE REFÉNS

Doze policiais envolvidos na ação do Ceará são afastados para investigação

Cerca de 40 agentes serão investigados. Até a conclusão dos processos, os policiais devem atuar somente em processos internos, sem a permissão de trabalhar nas ruas

Maria Luiza Falcão
Maria Luiza Falcão
Publicado em 10/12/2018 às 13:43
Foto: Edson Freitas/ reprodução Blog do Nil Jr
FOTO: Foto: Edson Freitas/ reprodução Blog do Nil Jr

Pelo menos 12 policiais participantes da troca de tiros com criminosos que resultou na morte de 14 pessoas na última sexta-feira (7), em Milagres, no Cariri, foram afastados de suas atividades nas ruas. Os agentes devem atuar somente em processos administrativos da Polícia Militar até a conclusão das investigações sobre o caso. A operação contra o ataque a bancos da Cidade acabou com seis reféns mortos, sendo cinco pernambucanos da mesma família, e oito suspeitos de integrar o grupo de assaltantes.

A informação foi repassada pelo governador Camilo Santana (PT) em entrevista coletiva nesta segunda-feira (10). Ele afirmou que pretende acompanhar o caso de perto e que já recebeu em seu gabinete chefes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e da Controladoria Geral de Disciplina (CGD). A equipe de investigação contará com cerca de 40 agentes, segundo Camilo.

Solidariedade

Contato com os prefeitos de Milagres, onde aconteceu a tragédia, de Brejo Santo e Serra Talhada (PE), de onde eram os reféns mortos, também foi feito pelo governador. Camilo admitiu que foi infeliz em sua fala na sexta-feira quando não levou em conta a presença de reféns mortos na operação. Ele afirmou que, no momento do pronunciamento, as informações que tinha eram de que os corpos ainda não teriam sido identificados. Camilo reiterou a solidariedade com as famílias dos mortos.