CONSCIENTIZAÇÃO

Assédio: Caruaru também adota campanha “Não é não” durante o carnaval

Nova lei que tipifica o crime de importunação e a punição pode ser de 1 a 5 anos de prisão

Pedro Guilhermino Alves Neto
Pedro Guilhermino Alves Neto
Publicado em 22/02/2019 às 10:14
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FOTO: Reprodução/ Internet

No carnaval tem folia, animação, brincadeiras. Mas tudo tem que ser com respeito, inclusive na maneira de tratar as mulheres. Nessa época do ano, muitas mulheres são assediadas e violentadas. Com o objetivo de conscientizar sobre essa violação dos direitos nas prévias e no período carnavalesco, a Secretaria de Políticas para as Mulheres de Caruaru está realizando a campanha “Não é Não”.

Equipes da Pasta estão percorrendo as principais prévias do município distribuindo leques e adesivos informativos com a divulgação de números para as denúncias de violência física, psicológicas, verbais, sexuais e patrimoniais sinalizando a importância do respeito com as mulheres, como explica a secretária Juliana Gouveia. “Essa campanha do ‘Não é não’ já tem uns dois anos que ela já vem ocorrendo em estados como Rio de Janeiro, Pernambuco e o próprio movimento das mulheres organizadas já estão discutindo sobre isso. Porque o que acontece é que tem uma ideia de que o corpo da mulher é posse do homem. Nós ainda somos vistas como objeto, então a luta dos movimentos feministas e a luta da Secretaria de Políticas para as Mulheres ao longo de todo o território nacional é justamente essa, para valorização, respeito e dignidade dessas mulheres”, contou.

Vale ressaltar que o carnaval deste ano será o primeiro que a importunação sexual será considerada crime, como explica Juliana Gouveia. “O corpo da mulher é dela. Ela tem o direito de dizer quem pode tocar ou não. Não adianta sair tocando as mulheres, beijando a força e segurando o braço porque isso é assédio, não pode. Especificamente agora no carnaval com essa nova lei que foi assinada em setembro de 2018 dizendo que realmente isso agora é importunação sexual é crime, dá cadeia, com a pena de 1 a 5 anos de prisão”, finalizou a secretária.