O prazo para a desocupação do Edifício Holiday, localizado em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, se encerrou às 23h59 da última quarta-feira (20). As ruas que dão acesso ao prédio amanheceram interditadas com guardas de trânsito no local para orientar os motoristas. A decisão de interdição foi expedida na quinta-feira (13), pelo juiz Luiz Gomes da Rocha Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública da Capital.
No local, estão presentes ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o caminhão da Secretaria de Defesa Civil, guardas da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) para impedir que carros estacionem na Rua Salgueiro, que dá acesso ao prédio.
Na quarta-feira (20), no último dia do prazo, alguns moradores deixaram o Holiday bastante emocionados e alguns idosos tiveram que ser carregados. Nesta quinta-feira (21) alguns moradores aguardam por caminhões da Prefeitura do Recife, que estão fazendo a mudança desses moradores para outros locais. No entanto, outras famílias ainda prometem lutar pela permanência no local.
Com o fim do prazo para deixarem o prédio, existe a possibilidade de ser usada força policial para realizar a retirada dos moradores que ainda resistem a saída. O Edifício tem 476 apartamentos e de acordo com o síndico, 390 apartamentos já foram desocupados.
Apesar do prazo ter encerrado, algumas famílias ainda resistem a sair do Edifício Holiday. Nesta quinta (21), estão previstas algumas mudanças pela Prefeitura do Recife e a secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Ana Rita Suassuna, fala sobre as pessoas que ainda não deixaram os apartamentos. “Nós estamos dialogando com eles, subimos andar por andar, apartamento por apartamento, e vamos permanecer dialogando sempre. Nosso objetivo é que todos saiam com segurança e a preservação da vida de todos.”
Sobre as mudanças, a secretaria informou que ainda há mudanças agendadas e que foram solicitadas mais mudanças. “Já fizemos as mudanças de 152 e tem algumas delas estão no nosso abrigo. Hoje ainda tem 17 mudanças agendadas. Quando eu cheguei aqui mais pessoas solicitaram as mudanças”, informou.
Geane da Silva é uma das moradoras que estão resistindo para ficar em seu apartamento. “Estamos resistindo e ajudando. Se tiver que desocupar, vamos desocupar, mas a nossa briga não acaba aqui, não acaba hoje. Vamos resistir, vamos correr atrás e mostrar que a gente sabe brigar”, afirmou.
A maiorias dos moradores que estão saindo acreditam que a situação será revertida, porque uma comissão entrou na Justiça para tentar reverter a ordem de desocupação então os moradores estão aguardando o resultado desse recurso para decidir o que será feito.
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