INVESTIGAÇÃO

Carro de psicólogo que baleou duas pessoas no Recife é achado em AL

Além dos disparos contra os funcionários, o psicólogo agrediu a ex-mulher no Mar Hotel, em Boa Viagem e continua foragido

LOURENÇO GADÊLHA
LOURENÇO GADÊLHA
Publicado em 05/12/2019 às 15:11
Reprodução/TV Jornal
FOTO: Reprodução/TV Jornal

O psicólogo paraibano denunciado por agredir a ex-mulher e atirar em dois funcionários do Mar Hotel, em Boa Viagem, continua foragido. O carro que ele utilizou para fugir foi encontrado no estado de Alagoas. No entanto, o veículo não vai precisar passar por perícia neste momento. O psicólogo continua foragido.

O delegado Francisco Océlio, um dos responsáveis pelo caso, detalha o motivo pelo qual o veículo utilizado pelo psicólogo para fugir não vai precisar ser periciado. "A materialidade delitiva já está comprovada, assim como a autoria desse crime de roubo qualificado. Nesse primeiro momento, nós já mantivemos contato com a polícia de Alagoas, que está encarregada desse inquérito e a simples inspeção desse veículo vai ser suficiente, uma vez que a autoria e materialidade desse delito já está comprovada", disse.

A investigação que está sendo realizada pelo DHPP está concentrando o foco no depoimento das testemunhas. A mãe do psicólogo estava no local no momento do crime. Francisco esclarece qual foi a participação dela no crime. "Nas investigações preliminares, ela teve a oportunidade de apresentar a versão dela no plantão. Na ocasião, ela preferiu ficar em silêncio. A partir de agora, o papel da polícia é ouvir todas as vítimas e, em último caso, se a mãe quiser se manifestar por seu advogado, ela apresentará as suas razões. Mas nós já sabemos que a arma utilizada nos crimes pelo filho pode ser a mesma arma que figura como sendo dela", relatou.

Ainda de acordo com o delegado, o psicólogo segue foragido e a localização da arma também é desconhecida. "Para todos os efeitos, ele está foragido da polícia, porque nós temos autoria delitiva, temos a materialidade e estamos tentando encontrá-lo. Há indícios suficientes que a mãe dele também teve participação, na medida que aquela arma tem o mesmo calibre da arma que figura no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) como sendo a arma cadastrada no nome da mãe dele", concluiu.

Relembre o caso

No local houve luta corporal entre o psicólogo e os funcionários
No local houve luta corporal entre o psicólogo e os funcionários
Polícia Civil

Um psicólogo de 35 anos, a mãe dele, a ex-companheira e o bebê do casal, de apenas quatro meses, estavam hospedados no Mar Hotel, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A família, que reside em Guabiraba, na Paraíba, estava na capital pernambucana para levar a criança a uma consulta médica.

No início da madrugada dessa quarta-feira (4), depois de ingerir bebida alcoólica, o homem teria agredido a ex-companheira, como relatou o delegado Bruno Gabriel.

Ainda de acordo com a polícia, um segurança e um mensageiro do hotel, percebendo a confusão, foram até o quarto dos hóspedes para tentar apaziguar a situação. O psicólogo então agrediu um deles com um soco no rosto. Em seguida, sacou uma pistola e disparou contra os dois funcionários. Segundo o delegado, no momento da fuga, o suspeito atirou em outras pessoas.

Pela manhã, a mulher agredida prestou depoimento na Delegacia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, no Recife. O caso foi enquadrado na Lei Maria da Penha e uma medida protetiva para a vítima foi solicitada à Justiça.

Nota do Mar Hotel

O Mar Hotel, onde ocorreu o episódio, soltou nota para informar que "lamenta profundamente o incidente ocorrido na noite dessa terça (03/12)". O texto diz ainda que os procedimentos adequados foram seguidos e que os feridos "foram imediatamente socorridos e levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira e depois transferidos para o Hospital da Restauração (HR). O Pontes Hotéis & Resort está dando toda a assistência aos funcionários e familiares, assim como colaborando com a investigação policial", diz a nota divulgada à imprensa.

Confira a reportagem de Lilian Fonseca: