As instituições religiosas de diferentes crenças se posicionaram sobre a manutenção da orientação de que sejam evitadas aglomerações em templos durante a pandemia do novo coronavírus. Isto ocorreu mesmo depois do presidente Jair Bolsonaro incluir as atividades religiosas como essenciais em um decreto publicado no Diário Oficial da União nesta quinta-feira (26).
Nesta categoria enquadram-se as atividades e serviços que podem continuar em operação mesmo no decorrer do período de quarentena.
O que dizem as instituições
O pastor Ivanei Silva Jesus, presidente da Federação das Igrejas Evangélicas do Brasil (Fieb), explica qual foi a orientação dada às unidades que respondem a esta instituição. “Orientamos que as igrejas mantenham as atividades com culto online e que estejam abertas para atendimento espiritual. E respeitamos as orientações dos profissionais de saúde”, disse.
O superintendente nacional da Fieb, Nelson Pontes, aponta como a entidade recebeu a definição do presidente da República. “Ficamos um pouco surpresos com essa decisão, mas vamos respeitar. Mas continuamos afirmando e pedindo que os pastores continuem com os cultos online”, comentou.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil da Igreja Católica (CNBB) comunicou, por meio de nota, que a orientação é para que as unidades permaneçam abertas, mas apenas para orações individuais. Missas devem ser realizadas de forma online. Aglomerações devem ser evitadas.
A Federação Espírita Brasileira (FEB) anunciou em comunicado que os centros espíritas foram aconselhados a respeitar o que é defendido pelos órgãos de saúde. Também alerta que as atividades seguem a ser realizadas.
A Federação das Religiões Afro-Brasileiras (Afrobras) pediu que os eventos religiosos sejam cancelados enquanto se mantiver a pandemia do coronavírus. Além disso, destacou que a necessidade de que haja isolamento social neste momento e respeito ao que dizem as autoridades de saúde.