Vendas

Consumidores reclamam de preços e falta de produtos em armazéns de construção na pandemia

Os materiais de construção subiram de preço durante a pandemia, mas, mesmo, assim as vendas aumentaram em 30%

Carol Coimbra
Carol Coimbra
Publicado em 19/08/2020 às 12:31
BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Durante a pandemia do novo coronavírus, os materiais de construção ficaram mais caros. O preço de alguns produtos praticamente dobrou e, mesmo assim, eles estão em falta no mercado. De acordo com a Associação Brasileira de Materias de Construção, a corrida aos armazéns é reflexo da liberação do FGTS e do auxílio emergencial. Uma pesquisa revelou que o setor teve um crescimento nas vendas de 30% nos últimos meses, comparado ao mesmo período do ano passado.

Um exemplo de material que teve aumento no preço foi o milheiro do tijolo. O produto passei de R$ 350 para R$ 600. O saco de cimento com 50 kg também está mais caro. Há dois meses, era vendido em uma média de R$ 22 e agora está custando R$ 27.

Lucas Fernando, dono de um armazém no bairro da Linha do Tiro, na Zona Norte do Recife, trabalha com todo tipo de material e afirma que o local sempre foi movimentado. No início da pandemia, ele contou que as vendas foram todas por telefone e a procura pelos materiais nunca parou. Agora, com os clientes novamente dentro das lojas, as vendas aumentaram tanto que estão faltando produtos.
“Muitas fábricas antes da pandemia pararam realmente, então como a procura aumentou, o estoque deles diminuiu. E como não tinha produção não tem produto para atender todos os clientes”, explicou Lucas.

O aumento verificado na pesquisa está perto de virar realidade no estabelecimento. De acordo com o empresário, já existe um comunicado de mais um aumento para este mês. “Tem um comunicado das fábricas de cimento que já enviaram para nós, clientes de entrega, que eles vão passar esse aumento. Então eles provavelmente vão aumentar 50% no preço do cimento”, afirmou o empresário.

Algumas pessoas estão reclamando que matérias básicos de construção estão em falta nos armazéns.

Ouça a reportagem de Suellen Fernandes: