O anúncio de prorrogação até o dia 15 de setembro da suspensão das aulas presenciais da educação básica feito pelo Governo do Estado, nesta segunda-feira (31), desagradou os proprietários de escolas particulares. Por outro lado, o governo anunciou a retomada de forma gradual das aulas presenciais do ensino superior. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco, José Ricardo Diniz, diz que é injusto e acusa a falta de estrutura das escolas públicas como um dos motivos para a demora.
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“A gente percebe que boa parte das escolas públicas não tem a menor estrutura para a volta, não estão preparadas para a volta e automaticamente isso trava todo um processo de retorno. É injusto”, afirmou José Ricardo Diniz.
"Queremos respostas"
Ele questiona a demora para os alunos voltarem às salas de aula. “Sempre que está na iminência da escola reabrir, do ponto de vista presencial, aparecem ‘N’ questões. Agora, a questão das crianças com essa síndrome (...) Nós estamos cobrando respostas. Percorremos toda liturgia institucional, de representação, estivemos até com o governador, os secretários. Tudo foi devidamente cumprido e agora nós queremos respostas”, reclamou.
José Ricardo Diniz apontou ainda que as crianças estão indo para parques e praias que estariam lotados de pessoas desrespeitando as medidas sanitárias e justifica que a escola cumpriria todos os protocolos de prevenção. “A escola é o lugar certo, conhecido. Você conhece as crianças pelos nomes, suas famílias. Tem todo um protocolo que será cumprido. Não estou entendendo. Ontem foi a culminância com a abertura [das aulas presenciais] para o ensino superior. Nada contra, mas o que é que justifica eu abrir o ensino superior, no primeiro ano para o aluno que está entrando agora e eu não promovo o retorno do aluno que está no 3º ano? A diferença de idade é mínima. Não tem a menor justificativa para você não retornar com o 3º ano do ensino médio que já tem calendário do ENEM e SSA em janeiro”, reclamou.