Em entrevista ao programa Balanço de Notícias desta quarta-feira (30) o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Pernambuco (Sinepe-PE), José Ricardo Diniz, revelou que a categoria moveu uma ação contra o Governo de Pernambuco pedindo o retorno das aulas presenciais em todas as séries ainda no mês de outubro.
“Nós movemos uma ação contra o Governo do Estado, na semana passada. Demos entrada na sexta-feira (25), justamente mostrando que não há porquê, com todos os argumentos do mundo, tirando o argumento político-eleitoral, claro. Mas, todos os outros argumentos, técnicos, de ordem sociocultural, histórico cultural, da própria pedagogia, da própria psicologia, psicopedagogia, tudo o que você quiser colocar. E colocamos na ação que não vemos motivos para que você volte por série, em três semanas, quando você deixa a outra ponta livre", disse.
Ele detalha a proposta do Sinepe. "No dia 6, a volta do 3º ano com a educação infantil. O 2º ano, do dia 13, com o fundamental l, do 1º ao 5º ano. E, no dia 20, com o 1º ano, voltando com o fundamental ll”, disse.
José Ricardo disse ainda que a falta de respostas por parte do Governo de Pernambuco foi a principal motivação da ação judicial. “Fomos para a judicialização porque vimos que assim como o Estado e a sua Secretaria de Educação não tinham mais resposta. O comunicado da volta do ensino médio foi lacônico, não houve nota técnica, nenhuma explicação, nenhum argumento. Falou-se de toda a história, inclusive de maneira contraditória, dizendo que estavam seguindo as experiências dos outros países, quando a experiência dos outros países era bem diferente. Uma série de coisas que estavam fora da ordem”, destacou.
Categoria não vai desistir
O presidente do Sinepe-PE salientou que a categoria vai seguir na luta pelo direito do retorno das aulas de forma presencial em todas as séries. “Nós vamos continuar lutando dentro da institucionalidade. Nós não vamos perder a linha institucional. Nós vamos até a última gota, mas institucionalmente. (...) Aquilo que nós fizemos tem substância, tem consistência, e mostra que realmente a questão não passa por argumentos técnicos, não passa por argumentos plausíveis, mas entra no argumento de interesse e conveniência política”, finalizou.