investigação

Tia de policial militar encontrado morto dentro de carro não acredita em suicídio

O policial militar Igor Bernardo Santos Gomes, de 24 anos, foi encontrado morto com um tiro na cabeça dentro de um carro

Ísis Lima
Ísis Lima
Publicado em 04/11/2020 às 14:42
Reprodução/JC
FOTO: Reprodução/JC

O carro onde o corpo do policial Igor Bernardo Santos Gomes, de 24 anos, foi encontrado está no estacionamento Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O veículo foi periciado na tarde desta terça-feira (3). Uma nova perícia será feita no carro, nesta quinta-feira (5), e só depois o veículo será entregue à família. A expectativa agora é para os depoimentos da mãe e do padrasto do PM.

De acordo com os peritos, o PM morreu no banco do motorista com um único tiro na testa. A chave do veículo estava na ignição e a arma, uma pistola.40, ao lado do corpo.

Os parentes estão abalados com a morte do soldado. A mãe dele precisou ser amparada durante o velório que aconteceu no Cemitério São Sebastião, em Vitória de Santo Antão, nesta terça-feira (3).

Inconformada com o caso, a tia do policial, Mageone Santos, não acredita na hipótese de suicídio. "Eu tenho certeza que meu sobrinho Igor jamais iria tirar a própria vida. São muitas coisas que vêm acontecendo e que a imprensa não sabe, mas logo a verdade vai aparecer”, afirmou.

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Policial de apenas 24 anos foi sepultado em Vitória de Santo Antão - FOTO:Day Santos/ JC Imagem
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Corpo de policial é encontrado - FOTO:Reprodução/JC

Investigação

A namorada de Igor, última pessoa que teria tido contato com o policial militar, não foi ao enterro. Nesta terça, o advogado dela, Carlos André Dantas, concedeu entrevista à TV Jornal e falou do estado emocional da cliente. “A namorada dele está muito abalada diante de todos esses fatos. Para ela está sendo muito difícil, até porque ela está grávida. O delegado ainda vai ouvir outras pessoas (...) Acredito que ele deve concluir ainda no mais breve possível esse inquérito”, disse.

Marcela Santos, amiga do casal, prestou depoimento e falouu sobre a relação entre eles. “Era uma relação de um casal normal. Eles brigavam, sim, mas era briga normal”, disse, afirmando que não havia agressão física nas brigas.

Além da amiga do casal e do advogado da namorada do policial, alguns amigos também já foram ouvidos. De acordo com a polícia, a causa da morte só será divulgada após a conclusão dos exames periciais e do laudo do Instituto de Criminalística.

O PM estava desaparecido desde o dia 24 de outubro, quando saiu de casa dizendo que iria se encontrar com uma corretora de imóveis.