Em entrevista ao Passando a Limpo desta segunda-feira (16), a candidata à Prefeitura do Recife, Marília Arraes (PT), que teve 27,95% dos votos e chegou ao segundo turno contra o candidato João Campos (PSB), que teve 29,17% dos votos, falou sobre algumas “fake news” e “rixas” que aconteceram nas campanhas eleitorais. João Campos e Marília Arraes são primos.
“Eu nunca fiz da política um assunto de família. Vocês que acompanham a política sabem que há muitos anos eu rompi com o PSB, inclusive quando eles estavam no auge, e nunca coloquei família no meio. Ele [João Campos] é um adversário como qualquer outro, mas não é ninguém da minha família que estava coordenando o gabinete do ódio, que é onde saem as ‘fake news’. Mas isso foi desespero porque ele deu essa caída e nós demos essa subida na reta final, e o pessoal ficou desesperado, espalhou ‘fake news’, derrubaram as nossas bases de bandeira no canal, mas não tem problema não. Continuamos falando da cidade, ganhando o coração de muita gente, e é muito bom ver isso acontecer. Ontem foi uma festa, as pessoas saiam para votar com gás e isso é uma boa etapa da nossa missão, de quem está na política”, afirmou.
Marilia ainda falou sobre os eleitores que se consideram mais de direita ou centro-direita. Segundo ela, não será “esquerda ou direita” que irá ditar o voto no segundo turno e sim querer continuar ou não com a gestão do atual governo do PSB.
“A discussão agora no segundo turno é diferente. O que está em jogo é se o Recife quer continuar com quatro anos com uma gestão como é essa que está aí, uma continuidade. Ou, se o Recife quer fazer diferente, quer mudar, e mudar com experiência, com segurança. Não é com imaturidade que nós iremos resolver os problemas, principalmente os estruturais, que o Recife tem. Então é isso que está em jogo, e tenho certeza que as pessoas vão entender mesmo as que têm um posicionamento mais na direita, mais à centro-direita, vão entender que é isso que está em jogo. Não dá mais para continuar com o PSB, que tem abandonado a saúde, que tem abandonado a política de habitação, de mobilidade, tudo isso é que vai ser discutido nesse período”, disse Marília.
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