Brasília

Opositor do governo, deputado Felipe Carreras se diz tranquilo ao apoiar candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara

Arthur Lira (PP-AL) é o candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara dos Deputados

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 26/01/2021 às 10:48
Foto: Tato Rocha/Acervo JC Imagem
FOTO: Foto: Tato Rocha/Acervo JC Imagem

O deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) se diz opositor ao governo federal ao mesmo tempo em que apoia um candidato bolsonarista à presidência da Câmara dos Deputados. Questionado se havia alguma incoerência no apoio a Arthur Lira (PP-AL), Carreras disse que estava tranquilo em votar no alagoano.

“É uma votação interna da Câmara dos Deputados. Em qualquer democracia do mundo, quem tem maioria no parlamento indica o presidente da casa, então, eu fico muito tranquilo em votar em Arthur”, disse Carreras em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal, na manhã desta terça-feira (26).

“Arthur é nordestino, tem compromisso de combater as desigualdades sociais históricas no Nordeste. E eu fico com muita tranquilidade com Arthur, com os compromissos celebrados, com bandeiras históricas do partido”, acrescentou o deputado.

Ainda na entrevista, Carreras lembrou que tanto Arthur Lira, quanto Baleia Rossi, os dois principais nomes a concorrer à presidência da casa, apoiam Bolsonaro. “Baleia Rossi, todas as votações da câmara, 90% foi a favor do governo. Arthur foi 88%”, calculou.

Penduricalhos

Também na entrevista, o deputado criticou a grande quantidade de auxílios recebidos por funcionários públicos. Carreras disse que, em 2020, gastou apenas cerca de R$ 2.300 da verba de gabinete que tinha disponível.

“Funcionários públicos que vão acumulando salário, bonificação e terminam com super-salários que viram algo desigual e injusto como um país como o Brasil. É verba pra paletó, para estar se alimentando, telefone pago pelo público. Tem várias regalias que eu não concordo, que a sociedade condena, mas infelizmente que está dentro da legalidade”, analisou.

Ouça a entrevista completa: