Vacinação contra covid-19

Mesmo com atrasos, ministro do Turismo diz que Bolsonaro foi estratégico com vacinação contra covid para o Brasil

Segundo ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, Bolsonaro já vinha "negociando com os países"

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 03/02/2021 às 10:13
Isac Nóbrega /PR
FOTO: Isac Nóbrega /PR

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, afirmou na manhã desta quarta-feira (3) que o presidente Jair Bolsonaro foi “estratégico” com relação à vacina contra a covid-19, no Brasil. A declaração foi dada em entrevista ao Passando a Limpo, da Rádio Jornal.

“No mundo inteiro, tem menos vacina do que gente para vacinar. Então, o presidente Bolsonaro foi estratégico, o ministro Ernesto [Araújo, das Relações Exteriores], o ministro Pazuello [Eduardo Pazuello, da Saúde], foi estratégico. Ele só começou a divulgar a vacina, a agir, depois que a Anvisa aprovou, mas ele vinha, estrategicamente, negociando com os países”, afirmou o Machado Neto, que é pernambucano.

De acordo com levantamento feito pelo projeto Our Word in Data, da Universidade de Oxford, na última segunda-feira (1º), o Brasil aparecia como 34º país no ranking da vacinação proporcional da população, tendo aplicado a primeira dose da vacina em apenas 1% dos habitantes. Para se ter um comparativo, o país que mais vacinou até agora foi Israel, com 34% da população imunizada, segundo o levantamento. O Brasil demorou mais de um mês até começar a imunizar a população, após as primeiras doses serem aplicadas em países europeus e nos Estados Unidos. O país também recebeu doses da vacina de Oxford produzidas pelo laboratório indiano Serum com uma semana de atraso.

O ministro disse que a vacina está sendo aplicada em todo o território nacional. “Você hoje tem a vacina em todos os estados e cidades do país. Primeiro, o pessoal que trabalha na saúde e idosos e, depois, gradativamente, vai chegar pra todo mundo”, afirmou.

Vacinação

Para Machado Neto, toda a população vai estar vacinada até o final do ano. “Você lembra a dificuldade no início da pandemia que era para ter EPI. Então, com as fábricas produzindo, a quantidade de vacina vai aumentar e nós vamos conseguir vacinar todo mundo. Eu não sou ministro da Saúde, mas eu espero que nós tenhamos a população vacinada até o final do segundo semestre”, disse.

Confira a entrevista na íntegra: